INFO 3C __________________________ COOL & CULT & CUTE. DAQUI, DE LÁ OU DE QUALQUER LUGAR
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SURFACE DESIGN by DBStudio

julho 31, 2007

Roupa Gadget

Jaqueta-bolsa "Dos Caras"

  • Sonho de consumo "da galera", os gadgets invadem também o guarda-roupa.
  • A jaqueta da foto vira bolsa, que vira jaqueta, que vira...
  • Basta "zipar" e dobrar; ou desdobrar.
  • Prática e fofa.

A "Dos Caras" é brasileira apenas no nome - sua criadora, a desenhista industrial Alice Kaiserwerth, é uma alemã com conhecimento "básico" da língua portuguesa, segundo seu site.

Alice Kaiserwerth

Apaixonada pela multi-funcionalidade, desenvolveu, em cooperação com a Adidas, entre outras peças, um tênis para croquet (jogo semelhante ao golf) em cuja sola já existe um buraco para que o jogador encaixe a bola.

Croquet (Winslow Homer, 1864)
  • Fã de produtos "flex", espero, ansiosamente, que o "treco" (a jaqueta-bolsa) chegue rapidamente ao Brasil.
  • Só assim vou conseguir trocar de uniforme:
  • uma jaqueta-cinto que se tornou meu carro-chefe de quase todos os dias.

Link-se:

julho 30, 2007

Abracemos árvores

"ET - Steven Spielberg"

Se é que alguém poderia ter alguma dúvida, aqui está nossa declaração:

  • Sim, o "dbstudio" é verde!
  • Se não nas cores de suas páginas (absolutamente passionais), declaradamente no coração (leia-se "alma").
  • A propósito, como a moda é nosso mote, a cor que melhor combina com o verde é o roxo (e suas variações).
  • Pensamos (e vivemos) arriscando somente a nossa própria pele - jamais a pele alheia.
  • Se a pele é linda, parabéns ao proprietário:
  • nos conformamos com a nossa, nem tão linda ou quentinha assim ... mantemos a humildade.
  • Nos incluímos entre as pessoas que tratam eticamente os animais.
  • Amamos o PETA!
  • Fazemos o que podemos para que outras pessoas percebam a importância de respeitá-los.
  • Não achamos que somos os filhos únicos do "Homem"
  • (portanto, superiores)
  • e que, por causa disso, podemos manipular o "resto" de Sua criação.
  • Percebemos que somos uma parte dela.
  • Mas não, necessariamente, a melhor.
  • Preferimos não frear o carro por causa de um buraco na estrada do que ao ver um animal cruzá-la.
  • "Mantenha distância - paramos para animais."
  • Respeitamos a vida.
  • A ética é o nosso guia.
  • Não achamos "fashion", "chic" ou símbolo de "status" uma raposa dependurada sobre o pescoço de alguém, absolutamente!
  • Temos consciência de que o cadáver de um bicho servindo de adorno ou a cegueira de um bicho devido a testes da indústria de cosméticos é covardia.
  • E esse tipo de covardia é muito, muito, mas muito mesmo, BREGA!
  • A falta de consciência ecológica é atitude datada.
  • Não "passeamos de charrete" em cidades "imperiais" dado que, informados e inteligentes, sabemos que cavalos não têm a menor obrigação de nos transportar ( seja a nossa viagem "através dos tempos", lisérgica ao não, ) movidos a açoite.
  • Não vemos charme em competições de pólo, na qual há mais de 1 égua (éguas são mais rápidas do que cavalos) disponível por cavaleiro pois as açoitadas (involuntárias) dos tacos nas patas das bichinhas as conduzem ao "banco de reserva" invariavelmente.
  • Pólo não é esporte, é fachada de narciso!
  • Pior ainda é a caça às raposas (por exemplo), que os eco-hipócritas praticam apenas durante a "temporada de caça" a elas: ao narcisismo amalgamaram a falta do senso e da sensibilidade.
  • Matar é esporte?
  • Refutamos o conceito de "cultura" das touradas - classificamo-lo de IGNORÂNCIA.
  • Boicotamos os rodeios (bem como a ex-novelinha "America" - nenhum ponto do ibope partiu do meu aparelho televisivo) - há graça em "esporar" o saco escrotal do outro?

Para meu conforto (abandono a 1ª pessoa do plural, afinal, o "db" sou eu!) , muitíssima pessoas dignas de consumir oxigênio respiram por aí.

  • Aplaudo Fernanda Tavares que acima do "top" carrega o adjetivo de gente boa (ela não desfila pele porque "euro" não compra sua alma).
  • E a criatura Rita Lee (por acaso, humana).
  • Reverencio Francisco de Assis.
  • Fico feliz por saber que existem ou existiram.

O mundo é grande, o tempo escasso, mas a web é eficiente.

  • Recém incluído no GPS dessa página (links), senhoras e senhores, por favor, dêem boas-vindas ao http://www.treehugger.com/
  • Nós, como o "Tree Hugger", também abraçamos o verde!
  • E, fashionistas conscientes, apenas consumimos o que respeita o direito e a dignidade de qualquer outra vida.

julho 27, 2007

Peças Conceituais

(Break up Tee - por Stella Vine)

  • Como exposto no artigo anterior, os curingas do guarda-roupa são os clássicos.
  • É a eles que a gente recorre nas ocasiões mais formais, no dia-a-dia.
  • As peças mais "estilosas" são úteis para os outros dias, quando a mente relaxa, viaja, e faz do corpo o seu parque de diversões.
  • Nada como uma peça "mensageira", na qual palavras ou estampas façam a gente se sentir à vontade.
A Topshop, loja de departamentos inglesa (na qual Kate Moss lançou sua coleção em maio - posando, na vitrine, como um manequim estático) está vendendo vestidinhos (R$120,00) com estampas das obras de Stella Vine.

Stella Vine


  • A arte de Stella costuma ser classificada de "hipnótica" pela crítica especializada.
  • Os olhos das personagens retratadas - celebridades, ela mesma, bichinhos e super-heróis - são grandes e oblíquos.
  • Uma de suas "controversas" pinturas é a de Diana Spencer (na qual as palavras "assassinada, grávida, embalsamada" foram grafitadas).
  • As obras de artista contemporânea inglesa (ex-stripper, nascida em 1969), lançada à fama em 2004, estão em exibição no Modern Art Oxford (na Inglaterra) de 17 julho a 23 setembro.
Palavras da artista:
"You're in a tower block, no family and you have a child… You're in a dire situation."
Stella Vine

(Tradução livre: "Você se encontra trancada em uma torre, sem família mas uma criança depende de você ...você está numa situação extrema.")

Link-se:

http://www.stellavine.com/
http://www.topshop.com/

Peças coringas

  • Para aqueles dias nos quais a gente olha, olha e olha de novo dentro do armário e ... não consegue concluir.
  • A hora passa - "o tempo não pára" - e nada do que é nosso parece nos pertencer.
  • Quando a cabeça desconecta - seja por cansaço, tédio ou ansiedade - é útil lançar mão de um visual clássico.
  • O clássico é básico - é composto de peças coringas - tudo pouco fashion e muito úsavel.
  • É inspirado no guarda-roupa masculino - não tem erro.
  • Bem, quase ...
  • Cheque a galeria de exemplos:

Jeans, T-shirt branca , malha colorida, maxi-bolsa e scarpin pretos.


Calça, botas e maxi-bolsa pretas; malha neutra, brazer bege.


Tailleur cinza risca-de-giz, camisa branca; bolsa e sapatos pretos.


A "chave" é a jaqueta no tom base da saia estampada.


Scarpin, meia-opaca e carteira pretos; vestido xadrex e trench-coat.


Ocasiões especiais: se o vestido é tudo, os complementos são simples.

  • Agora, é só escolher a lingerie correta.
  • Como já sabemos, a roupa íntima, logicamente, não deve aparecer jamais.

julho 26, 2007

O Futuro é negro

http://www.blackle.com


  • O preto está na moda.
  • E continuará na moda.
  • O preto é clássico.
  • É fashion.
  • O preto é tendência.

  • "Na dúvida, vá com um pretinho básico."
  • De vernissages a eventos "black tie", é garantia (de quase 100%) de sucesso.

  • A sustentabilidade está acima da moda; é questão de responsabilidade.
  • Empresas responsáveis são alvo de consumidores informados.

(Considero a expressão "consumidor antenado" quase jurássica afinal, a informação chega mesmo via cabo.
Porém, substituí-la por "consumidor cabeado" não seria solução: soa esquisito, ao menos em português.
Portanto, opto pelo "consumidor informado".)

  • Sabendo disso, as empresas (informadas) se "ligaram" que "fazer o bem faz bem" - o que pode incluir ao seu próprio faturamento.
  • Sem problema: se a causa é nobre, não há pecado.

A "verdade inconveniente" (belo título do livro de Al Gore) é que, para salvar-nos de nós mesmos, temos obrigação de economizar energia (lamentável que a "pesquisa" feita nas contas de luz da casa do ex vice-presidente americano, o autor do livro, remeta ao dito popular: "faça o que eu falo, não faça o que eu faço").

  • Então, sejamos pró-ativos:
  • Deletemos o Google!
  • "Ele" não é mais o nosso "browser" de agora em diante.
  • Joguemos o "Google" na lixeira!
  • Utilizemos o "Blackle".

  • O Blackle é o Google.
  • Desenvolvido em tela (predominantemente) negra.
  • Até o momento (segundo informações do próprio site), 115.768,3 watts/hora já foram salvos graças a esta característica.
  • A cor preta demanda menos energia dos monitores.
  • O produto foi encarado com ceticismo ainda na fase de desenvolvimento, mas como diz sua idealizadora (Heap Media): "cada bit conta".

Lembram-se que "de grão em grão a galinha enche o papo"?
Pois é: nossas avós sempre foram visionárias.

Clássico grafitado

(Nike Blazer por Claw Money)

  • Mulheres adoram novidades.
  • A novidade acima é exclusividade feminina.
  • Os tênis serão lançados (nos EUA) em 28 de julho.
  • Resultado da parceria entre a Nike e Claw Money, uma grafiteira fashion.

Nesta edição limitada, o modelo "Blazer" (um clássico da Nike, lançado na versão "mid" em 1972, inspirado nos tênis de basketball) ganhou estampa de "garrinhas": a marca registrada da artista, Claw.

Claw Money

  • Entre os fãs da artista - que estampa muros, camisetas, casaquinhos de moleton e até roupinhas para bebês - estão Cameron Diaz e Scarlett Johansson.
Link-se:

julho 25, 2007

Liquidação: consumindo sensatamente

Alexander McQueen (outono 2007)

O desafio de comprar durante a temporada das liquidações pode ser equiparado ao dilema dos economista: otimizar o custo-benefício.
  • Liquidam a coleção de inverno mas, já, já chega o verão (moramos "num país tropical").
  • Será que daqui a 8 meses os ítens à venda a "preços acessíveis" continuarão sendo nosso objeto de desejo?
  • Seja criterioso e só compre o que irá usar quando o termômetro descer novamente.

De olho na coleção de outono do hemisfério norte (que começa em setembro, junto com a nossa primavera), selecionei algumas peças que prometem ter "vida longa".


  • Caso encontre alguma delas por aí, agarre o cabide, continue revirando a loja e, só depois, pergunte ao vendedor se tem o seu tamanho.
  • Resposta positiva, experimente (muita calma nessa hora), e, caso a peça lhe caia "como uma luva"... compre, comemore, use e depois guarde com carinho - até 2008.

Se achar, segure:

  • Azul (hit)
  • Bico fino
  • Bolsa grande
  • Bota de cano alto (altíssimo)
  • Linha "A"
  • Manga "bufante"
  • Matelassê
  • Metalizado
  • Mini
  • Nude (básico)
  • Preto (look - quase - total)
  • Skinny

  • Fuja do psicodelismo dos anos 60 ( e também dos "glitters" datados dos anos 80);
  • Mire-se no "motoqueiro chic".

Apesar da promessa da cintura alta, os jeans da nova campanha da Guess continuam com a cintura baixa (adorei!).


  • Palavra de ordem: sobriedade.
  • Não gaste : invista.
  • Na dúvida, economize.
  • Mas, principalmente, divirta-se!

O Retorno de Jedi






"Kirsten-Maria Antonieta-Dunst"

Na arte cinematográfica, o sucesso de um filme muitas vezes gera continuações e/ou licenciamento de produtos associados a seus personagens.


  • Tudo depende do apelo dos fãs (medido na bilheteria).
  • Particularmente, não sou fã do gênero ficção científica (tipo Star Wars) mas, como o exército é grande, sei que não faço a menor diferença. A saga continua.
  • Estarei na fila, porém, quando do lançamento no cinema do filme (inspirado na série de TV) "Sex and the City".
  • Não somente por causa do figurino de Patricia Smith - que vai além dos "Manolo Blahnik" - mas pela cidade - Nova York.
  • NY, na minha modestíssima opinião, é um lugar no qual, por mais que você se produza, nunca será a mais bela; bem como, por menos que se importe, não há chance de ser a mais feia, louca ou descuidada.
  • Nova York não é província - vivas à "psiquê blasé".
  • É oxigênio puro: se não na alma (há poucas, é verdade), ao menos na mente.
  • Dentre as capitais da moda no mundo (Paris, Milão, Londres e NY), só perde no quesito pluralidade de estilos pessoais para Londres.
  • ok, há uma pluralidade - ocidentalizada - em Tóquio. Mas Tóquio, mesmo fazendo parte do circuito fashion, ainda não ganhou o status de "capital" (da moda).

Porém, como um todo, os EUA não conseguem ser descritos como um ícone "fashion".


  • A insensibilidade de seus governantes (eleitos pelo pouco do povo que vota já que o voto, por lá, não é ato obrigatório - salve democracia) frente aos problemas mundiais, bem como a "cruzada" contra os inimigos da nação demonstram uma imagem desgastada.
  • (O belicismo e o descaso com relação ao aquecimento global são ... "neanderthaleses".)

Como moda é mercado, mercado é consumidor, consumidor é pensamento e pensamento é comportamento, percebe-se que pessoas buscam um frescor cultural.

  • Moda é fruto do "inconciente coletivo".
  • O que está captando a atenção do consumidor ultimamente?
  • A observância de tal atitude permite mapear tendências.
  • Sinal claro é o recente "review" sobre os valores franceses.
  • Releitura da cultura.
  • Não que a França tenha saído de moda, jamais!
  • É um "vintage".
  • Sempre esteve no pódium, ao menos na categoria "hours concours".

À luz da fonte de inspiração da 7ª arte, intui-se que a França foi eleita o (atual) parâmetro.

  • "Maria Antonieta" (filme de Sofia Coppola, protagonizado por Kirsten Dunst) foi fonte de inspiração de vários estilistas em 2006: decote, volume, babado, rodado - releitura do barroco.
  • Em 2007, público (e crítica) se curvam a outra obra inspirada na cultura francesa:
  • Ratatouille (leia-se RAT.A.TUI).
  • O protagonista, Monsieur Remy, cujo grande sonho é tornar-se um "grand chef cuisinier ", é um ratinho muito "fofo"!


J'aime Remy!

  • O filme vem cercado de uma campanha de marketing poderosa.
  • Marketing é resultante de arte e investimento.
  • no Brasil, cartões publicitários ("mica") trazem explicações sobre a culinária francesa;
  • no exterior, bonequinhos de personagens ("by Disney") encontram-se à venda.
  • O primo europeu de Mickey virou "febre".
  • Quem tem criança ou pré-adolescente em casa tem dúvida de que idioma essa turma vai querer aprender como ... 3ª língua?
  • - Français!

julho 23, 2007

De Salto Alto








Torre Eiffel


Assim , de ponta-cabeça, a Torre (inaugurada em 31 março 1899) Eiffel (homenagem a Alexandre Gustave Eiffel, engenheiro francês que participou, entre outras obras, da confecção da Estátua da Liberdade) não parece um ... salto de sapato?


  • Há tempos exclusividade feminina, a história conta que os cavaleiros mongóis e os açougueiros egípcios foram, de fato, os primeiros consumidores equilibristas.
  • Bem mais tarde, na França, um dos Luíses (estatisticamente o XIV), devido ao paradoxo entre seu 1.6 metros e sua megalomania (aliado a muita loucura e pretensão) , condenava à pena de morte quem ousasse calçar a exclusividade do rei, posto que este estaria desafiando seu status.
  • Acreditava que o salto conferia-lhe poder.
  • E somente a ele deveria pertencer.
  • Tal extravagância rendeu-lhe notoriedade:




o salto "Luis XV" é um clássico moderno.


  • Como a "ditadura da moda", entre tantas outras, acabou de vez, a plebe feminina se diverte entre dores nos pés, desequilíbrios e escorregões (sem mencionar o salto preso entre bueiros e assemelhados).
  • Na tentativa de tornar-se altiva (como o rei), o conforto cede ao sex appeal.
  • Sedução à parte, o importante é prestar atenção ao movimento.
  • Mesmo porque, a elegância depende do caminhar, não da altura do salto.

Fique ligada:

  • Ao subir escadas, pise com os dedos (o salto fica fora dos degraus);
  • Ao caminhar, pise primeiramente com o salto;
  • Mantenha as pernas unidas e paralelas;
  • Se quiser "barbarizar", corte 1/2 centímetro de 1 dos saltos.
  • Para que?
  • Para aumentar o balanço do quadril - truque de Marilyn Monroe.
  • Se, ainda assim, seus pezinhos clamarem por conforto, aguarde até a indústria aderir à criação de Marte den Hollander, intitulada como "Melhor Graduada de 2006" pela Faculdade de Desenho Industrial (TU Delft), pelo projeto "Footloose":
  • um salto-alto conversível em salto-baixo.
  • A um simples toque.




fonte: http://www.core77.com/

julho 22, 2007

Info-econo-moda






Edifício em ouro

  • À informática, cabe viabilizar informação e transação. Rapidamente.
  • À economia, entender a lógica dos agentes produtores e consumidores.
  • (Deleto, ao menos por hora, a "piadinha" que conta que "economista é o cara que te explica amanhã porque o que disse ontem, sobre hoje, não aconteceu").
  • E à moda, atender aos anseios dos diversos tipos de consumidor. Se possível, antecipadamente.
  • De norte a sul; de leste a oeste; do topo à base da pirâmide social.
  • Dados da Global Richest mostram que as 225 pessoas mais ricas do mundo detêm 1 trilhão de libras (quanto zero à...direita).
  • Essa fortuna corresponde à renda anual de 2.5 bilhões de pessoas mais pobres da terra.
  • No Brasil, segundo a Folha de São Paulo, há 130 mil milionários, cuja fortuna monta USD 573 bilhões.
  • Se o dinheiro, para alguns não é problema, o tempo, ao contrário, tornou-se um recurso escasso.
  • Com perícia, a moda faz as contas e conclui: tempo é dinheiro.
  • E alia-se à Internet.
  • Visando esse milionário mercado, na Inglaterra, uma americana (Natalie Massenet) fundou, em junho de 2000 o "net-a porter": um "shopping de luxo ponto com".
  • Em matéria veiculada na Vogue de julho 2007 (edição americana), Natalie - 42 anos - parece saída de um filme, cujo "happy end" é garantido: num momento-família, a esposa-mãe-empresária posa de salto agulha 12 e vestido de seda.
  • Modelito básico para ir ao parque de diversões com 2 crianças de, provavelmente, 8 e 2 anos.
  • Quase ficção científica mas, voltemos à realidade.
  • A lista de produtos "grifados" hospedada na loja virtual, vai de "A" (de Alexander McQueen) a "Z" (de Zac Posen).
  • O "C" aparece, lamentavelmente, desfalcado (segundo a fundadora do site) pois "Chanel" não faz parte do rol de grifes.
  • A navegação pelo site é rápida e fácil, bem cartesiana, o que aplaca a angústia masculina (parte do público alvo da empresa) quando da tarefa hercúlea de comprar presente para...nós.
  • Porém, como o carro chefe da economia encontra-se mesmo na classe média, há produtos que custam menos de 100 libras.
  • No Brasil, mais modesta porém atentamente, o mercado sofisticado despertou atenção no meio acadêmico.
  • A FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado) oferece um MBA em "Gestão de Luxo", coordenado por Carlos Ferreirinha, ex-presidente da Louis Vuitton no Brasil e consultor de diversas empresas do setor.
  • Se os brutos também amam, os milionários também necessitam.

  • "Desejo, necessidade, vontade" (Comida - Titãs)

O termômetro das ruas










fonte: Japanese street fashion site


A inversão cultural ocorrida nos últimos 60 anos, explica como a "contra-cultura" - o movimento do gueto, dos revoltados, dos desajustados, do povo, da massa, dos não nascidos em berço-de-ouro - tornou-se referência para burgueses e nobres.

  • A classe "dominante" não detém mais a exclusividade em ditar as regras do jogo: nem na música, nem no cinema, nem nas artes plásticas e, portanto, nem no estágio final do momento cultural: o vestiário.
  • Quando, em meados dos anos 50, os "bad boys e girls" trocaram o rígido padrão de adequação herdado de seus pais e começaram a andar de lambreta, usar calças e blusas justas (lembram-se de James Dean e Marlon Brando) e jaquetas de couro, alguém deve ter realizado que a alta-costura, ou, mais modestamente, a roupa feita em costureira ou alfaiate tinha sua "morte anunciada".
  • O "prêt-à-porter" (o pronto para usar, o pegue-e-pague) se estabelece.
  • Nos anos 70 (hippie), a "customização" surgiu (embora só recentemente o ato de "fazer do seu jeito" tenha sido mapeado e batizado como tal).
  • Ultimamente (anos 90), a cultura de rua tornou-se influência predominante.
  • É a cultura migrando da base para o topo da pirâmide.
  • A "madame" dançando "rap" (anacronismo para ritmo e poesia), a garotada andando (por opção, não por necessidade) com roupas muito maiores do que si mesmas, cantando "obscenidades" em inglês:
  • "...my hump, my hump, my lovely little lumps (check it out)".
  • O gotejamento (processo individual de criação do estilista para o consumidor) é substituído pelo borbulhamento (processo de observação prévia do consumidor pelo estilista).
  • O enriquecimento sensorial dos estilistas está na rua.
  • A inspiração começa pela observação de "gente como a gente" vagando por aí:
  • o chamado "street style".
  • A missão é captar como as pessoas se comportam e o que elas aceitariam adquirir.
  • Exemplos:
  • Nesta época de movimento, com ênfase ao corpo e ao movimento, quem toparia o "desafio" de vestir uma saia "entrevada" como a executada por Paul Poiret no começo do século XX?
  • Como caminhar, sentar, dançar, correr, ficar à vontade (no sentido que conhecemos)?
  • Quem adquiriria um terno de linho que precisa sair do armário impecavelmente passado e assim permanecer por boa parte do dia?
  • O estilo de vida das pessoas muda.
  • E a indústria da moda, para lucrar, busca a sincronia.

julho 20, 2007

A sombra de nós mesmos










Michael Kors


Sou movida à música - quase todos os momentos, para mim, estão acompanhados de sua própria trilha sonora.

  • Eu "ouço" à medida que as coisas fluem ou empacam.
  • Rock, rap, samba, blues, tango, fado - "listen to the music".
  • Navegando na rede, me deparo com uma série de looks degradês - ou "ombre", como preferem os franceses (très chic).
  • Efeito perfeitamente alinhado com o tempo sombrio do qual fazemos (compulsoriamente ou não) parte.
  • Alguém arriscaria prever o que nos espera?
  • Qual seria a cor do futuro?
  • No vestiário, ao menos, santa frivolidade, a resposta está pronta: é o preto e o pele ("nude).
  • Uma cor de fato? A azul. É tendência real, pode apostar.
  • Quanto à trilha sonora, o que toca é "Shadows of Ourselves".
  • Da Thievery Corporation.
  • "Coeur Mécanique où sont tes piles ?
  • Perdu dans un monde, tout etranger ..."

Preview - Verão









Jean Paul Gaultier

Em sintonia fina com a rápida pré-estréia da coleção verão mostrada em Milão, captemos o que apareceu por lá. Tudo é, de fato, usável - sem devaneios:

  • Sapato bico fino;
  • drapeado;
  • curto;
  • brilho;
  • tule;
  • preto e "nude";
  • cores em detalhes;
  • quentes ou frias (depende do estado de espírito);
  • mas nenhuma é pastel ("diet times");
  • jeans sempre;
  • black ou não, eis a questão;
  • skinny.
  • O romantismo fica para as lingeries.

julho 19, 2007

Semiótica






A semiótica, muito resumidamente, é a ciência que estuda os signos (sinais, figuras, ícones) e o significado dos fenômenos culturais.
  • Essas palavras, porém, dizem menos que as imagens acima.
  • Nesses "signos" podemos constatar uma estética punk-gótica.
  • Quase podemos "ler":
  • - Eu amo mas posso machucar.
  • - Cuidado!
  • Pertinentemente, a pulseira acima foi batizada de "Hook my Heart" (fisgue o meu coração).
  • Sinal desse tempo: o amor está no ar mas os pés, no chão.
  • São 2 jóias criadas pelo designer Shaun Leane.
  • Várias vezes premiado, faturou também o "UK Jewellery Awards" - prêmio de joalheria britânico - de 2006.
  • Mais do que jóias, produz esculturas.
  • Há peças em ouro e diamantes mas também em prata.
  • Se diferem no preço, empatam nos quesitos beleza e criatividade.
  • Expôs ao lado de Alexander McQueen, John Galliano e Vivien Westwood, entre outros, no evento "Anglomania 2006".
  • Seus clientes: Kate Moss, Liv Tyler, David Beckham, Sir Elton John, Jennifer Lopez, Cameron Diaz, David Bowie, Bjork, Jade Jagger, Alexander McQueen e, futuramente, euzinha e vocês (a probabilidade, ao menos para mim, é pequena, mas a impossibilidade não existe, certo?).

Look Casual


Amy Winehouse além de excepcional cantora mostra que também tem estilo na "vida real".

  • Neste visual ultra casual, ela combina 2 cores que, a princípio, parecem antagônicas:
  • marron e cinza.
  • O capricho na imperfeição do cabelo é um must.
  • Look perfeito.
  • Tin-tin!

julho 17, 2007

Liberdade de Expressão

(foto: Lynn Procter)

Aparentemente, o consumidor fotografado não pensa que "liberdade é uma calça velha azul e desbotada..."

  • "Jingle" à parte, quem aparece na foto é o antropólogo americano (radicado na Inglaterra) Ted Polhemus.
  • Sr. Polhemus foi o criador do termo "supermercado de estilos" , em contraposição às tribos urbanas.
  • Enquanto a (opção por pertencer a uma) "tribo" isola o indivíduo - mais ou menos, dependendo de qual seja a tribo - limitando-o aos integrantes, cultura e comportamento (da tribo), o "supermercado" permite que a individualidade apareça.
  • Conecta o indivíduo ao globo.
  • Escolho uma informação daqui, uma peça dali, algo que já eu tenho, algo que minha vó tinha, uma forma gótica na bota, uma bolsa "patricinha".
  • Resultado: fui eu quem fez - vi, escolhi, misturei.
  • Que salada! Que seja organizada.
  • E que (o resultado) esteja de acordo com o gosto (personalidade) do freguês!
  • Resumindo, aos olhos dos outros (o mundo) quem é "tribal" tem uma identidade coletiva.
  • Exemplos: Hare-Krishnas, góticos, "emos".
  • A mensagem torna-se um diálogo, pois bilateral:
  • - Você (também) não é um dos nossos.

  • A síntese do talento de Ted Polhemus está estampada em geniais frases:
  • "Aparência é identidade";
  • "Estilo somos nós";
  • "Decorar o corpo nos torna humanos";
  • "O corpo é o espaço da propaganda".

  • A propaganda pode ser enganosa ou não.
  • E, é claro que, há embalagem basicamente sem conteúdo.
  • Mas, foquemo-nos na última delas: "O corpo é o espaço da propaganda".
  • Quanta verdade condensada em somente uma frase.
  • Quem, que não intente vender-se como "top sexy" optaria por vestir decotão, mini (saia), (meia) arrastão, plataforma e maquiagem pesada - ao mesmo tempo?
  • Apenas os que detestam fazer compras (ir ao supermercado)?
  • Imagine...
  • Segundo o antropólogo, a função da aparência é a de facilitar os relacionamentos.
  • Outra conclusão sábia.
  • A "aparência" (difícilmente) passa incólume, ela gera sentimentos:
  • dó, atração, credibilidade, desconfiança, empatia, admiração, repulsa, dúvida...
  • Do piecing ao perfume, o que decora o nosso corpo deve, preferencialmente, ter um propósito claro.
  • Como nossas (sábias) avós diziam: "Essa é a roupa de domingo."
  • (Não serve, pois, para ir à praia).

Link-se: http://www.tedpolhemus.com/

julho 16, 2007

"Clean and Happy"



Pena que a imagem está tão pequenininha...mas quem quiser vê-la ao vivo e a cores, tem de ir o quanto antes à Times Square (NYC).

  • O billboard ("nossos" outdoors) foi dependurado numa esquina da Broadway, desde 1º julho.
  • A ousadia porém desvenda uma jogada de marketing fantástica:
  • derriéres sorridentes, estrategicamente posicionados - em frente a uma igreja em uma sociedade "puritana" como a americana.
  • 1 semana "ali" oferece uma exposição maior do que 30 dias em outro local menos...polêmico.
  • Tecnicamente, o espaço para divulgar o produto - um bidet (vaso sanitário que, por hora, não vem ainda equipado com "bluetooth") - foi alugado por 1 mês, mas o pastor responsável pela igreja vizinha, entrou com uma ação na justiça requerendo sua retirada o quanto antes.
  • A quem interessar possa, o site do fabricante é:
  • http://www.totousa.com/
  • E aos fashionists de plantão, que tal uma "Chloe"?
  • Fabricado pela concorrente:
  • http://www.magicjohn.com/b0.htm
  • Preços sob consulta.

julho 15, 2007

Liqüidação




  • Há quem fique feliz porque todas as lojas estão liqüidando:
  • grande oportunidade para gastar menos e comprar mais.
  • E há quem fique (quase) triste nessa temporada:
  • são ávidos por novidade.
  • Eu sempre achei o "evento" mais frustrante do que excitante:
  • ou não tem a cor, ou não tem o número, ou só tem o que não fica bem em ninguém...
  • Um verdadeiro "tour de force".
  • Se a missão é difícil, não é impossível.
  • O desafio é a otimização do custo-benefício.
  • Requer sangue frio e olhar impávido.
  • Aproveitemos, pois, a temporada sem cair na armadilha da remarcação:
  • Reflexão é a atitude equilibrada e necessária.
  • Por que comprar o que "namoramos" na vitrine há 6 meses atrás mas não foi possível adquirir à época?
  • Só porque ainda está lá - à nossa espera - e pela metade do preço?
  • Quanta sedução..
  • Conselho: muita calma nessa hora.
  • Perguntemos-nos:
  • - ainda quero?
  • - ainda gosto?
  • - a peça permanece atual?
  • - continuará "na moda"?
  • - combina com o que tenho dentro da gaveta (do guarda-roupa, do closet, da mochila)?
  • - o que mais me dá prazer: a peça ou o preço (mais baixo)?
  • Do que restou da coleção anterior, pincemos o que (ainda) compensa adquirir.
  • E do que, gentilmente, devemos declinar.

Sinal verde:

  • skinny
  • (comprimento) curto
  • acinturados
  • bolsas 'GG"

Sinal vermelho:

  • legging
  • ankle boot
  • verniz
  • escova progressiva
  • sapatilhas
  • bico (de sapato) redondo


  • Como "a voz do povo é a voz de Deus", foquemos no dito popular:
  • "O barato (muitas vezes) sai caro!"

julho 13, 2007

Dissonância



  • Há uma frase que vem sendo bastante ouvida e dita:
  • - (você) Não parece (a idade que tem)!
  • Será que todo o mundo, de repente, ficou mais ... jovem?
  • (Que benesse é essa, camuflada nos DMAEs, botoxes, personal trainners ou "ar" (poluído) que respiramos, de forma que, com um mínimo de cuidado, não pareçamos integralmente com nós mesmos?)
  • Ledo engano.
  • Não é que tenhamos ficado "eternamente" jovens.
  • Há distorção porque mudou a métrica.
  • O ideal (liberté, egalité, fraternité) se consolidou de certa forma.
  • No compasso do passo da tartaruga.
  • Na memória inconsciente coletiva, a referência da imagem das pessoas está ultrapassada:
  • "Vó" faz tricot ( não Pilates); "vô" joga biriba (não surfa); mãe não é sexy; pai não usa hidratante. ...
  • (Como diz uma amiga (hilária): "no meu tempo, homem que era homem fazia a barba com navalha e lavava a cabeça com sabão de coco". Salve Cris).
  • Por enquanto, estamos no "mainstream", no olho do furacão.
  • Mas como "o tempo não pára", daqui a pouquinho pareceremos com quem, de fato, somos.
  • Seremos o parâmetro.
  • No tempo que o tempo leva.

julho 11, 2007

Ballet - dança & estilo





A marca ideal é aquela que encerra uma promessa entre consumidor e empresa.

  • Imaginando o "approach", o discurso ficaria assim:
  • Confie, eu sei o que estou fazendo.
  • Entendo do ramo.
  • Conheço aquilo a que me proponho.
  • Caso nossos objetivos sejam afins, maravilha!
  • Negócio fechado.
  • Para qualquer empresa, o "logo" deve ser um elemento significante, não apenas decorativo.
  • E suas cores, um elemento que evoque leituras inconscientes.
  • Observemos o "logo" da grife de Ana Botafogo (e de Maria Lúcia Caliman):
  • Capta-se a mensagem (sutil) do movimento...
  • aliado ao romantismo (en rose)...
  • bailando (ballet).
  • A solidez , o compromisso, a seriedade.
  • Resumidos em 1 assinatura: a "dela".
  • De portas abertas, desde de 19 junho 2007.

Frieda Kahlo





Qual de nós, girlies, se auto-retratariam não só com as sobrancelhas unidas (que até podem ter sido moda, afinal, as finíssimas já não o foram?), mas também, e principalmente, com uma ... leve penugem sobre os lábios?

  • Euzinha sou covardíssima - até mesmo dissimulada, se preciso for!
  • Podem dizer que eu não ligo.
  • Minha liberdade (ou autoconfiança) não é capaz de ir a tanto; não mesmo.
  • Pois a autoconfiança (ou a liberdade) de Señorita Magdalena Carmen Frieda Kahlo y Calderon o foi - e por causa de sua ousadia ficou na história.
  • Durante 47 anos (1907 - 1954), essa pintora mexicana assumiu suas origem e natureza (um tanto louca demais em qualquer que fosse a época), tornando-se a "mais completa tradução" da filosófica frase de Ortega y Gasset:
  • "Eu sou eu e minha circunstância".

  • Em homenagem ao seu centenário, a "Converse All Star" lançou a coleção Frieda Kahlo.
  • Frieda rima com tequila.





  • Quer chorar?Assista à "Frieda".
  • Com Salma Hayek (2003).

  • “La tragedia es lo más ridículo que tiene ‘el hombre’
  • pero estoy segura, de que los animales,
  • aunque ‘sufren’,
  • no exiben su ‘pena’en ‘teatros’ abiertos,
  • ni‘cerrados’ (los ‘hogares’).
  • Y su dolor es más cierto
  • que cualquier imagen
  • que pueda cada hombre ‘representar’
  • o sentir como dolorosa.”
  • (Diário de Frida Kahlo)

  • Única.
  • Dona e soberana
  • Do tempo.
  • De si.
  • Da passagem da existência.
  • Do fluir.

  • "...vida, louca vida, vida breve,
  • já que eu não posso te levar,
  • quero que você me leve...!"
  • (Cazuza)

julho 08, 2007

O BoBo




Quem, ao observar a capa da People, não irá dizer que Paris Hilton, "socialite" ("profissão" que apenas consegue tangenciar a futilidade porque a capacidade, a vontade e, principalmente, a necessidade de consumir dessa "tribo" gera empregos), é uma ... boba?

  • Homens e mulheres, afortunados ou não, que desejam tornar-se celebridades sem, ao menos, terem talento para alguma coisa (qualquer coisa), expõem-se na mídia para mostrar o seu "conteúdo".
  • Graças à atração feroz pelo "spotlight", deixam seu mundo-glamour para viver uma "Simple Life".
  • Problema de quem assiste.
  • Bastaria pegar o controle remoto e ... zap,zap,zap.
  • Mas o "BoBo" do artigo em questão não é um tolo, necessariamente.
  • "BoBo" é a sigla para "burguês boêmio", o Bohemian Bourgeois.
  • Apesar da aparência hippie ou camponesa, são "fashionists".
  • Transmitem uma imagem "tô nem aí" desde que com muito estilo.
  • De dentro do armário, sai a produção despojada:
  • um jeans (Diesel, por exemplo), uma camiseta básica (GAP, por exemplo), um par de Havaianas e uma sacola (Prada?), sob óculos escuros (brechó) grandes o suficiente para esconder olheiras e mais, se possível, um chapéu que comporte um cabelo "detonado".
  • Nas férias, um hotelzinho bucólico, que tenha no máximo 5 acomodações, situado em alguma vila de difícil acesso e que demande reservas com ao menos uns 6 meses de antecedência.
  • Estão em "avant-premiére" de filmes estrangeiros e assistem clássicos quando em casa.
  • No quesito restaurantes, já freqüentaram certamente os (míseros) que disponibilizam um "blind taste", cuja "missão" é oferecer "sensações".
  • Como a degustação ocorre às escuras, todos pretendem ser, por um momento, deficientes visuais, num lugar sem iluminação, "degustando" o que quer que seja trazido à mesa.
  • (Essa é (foi) uma moda que não será tendência jamais.)
  • Os "bobos" não são uma releitura dos yuppies (jovens profissionais urbanos) cuja meta era alardear: "vim, vi e venci".
  • Ao contrário, apresentam uma certa frustração por ter, portanto, procuram a simplicidade da vida.
  • Buscam o equilíbrio entre o high e o low (alto e baixo, caro e barato, ter e ser).
  • Citando Milan Kundera, a leveza do ser é insustentável.
  • Ser ou não ser, eis a questão.
  • Shakespeare explicaria.

Jóia da Fé


  • Os americanos também pedem proteção.
  • O brasileiríssimo escapulário chegou à Nova York.
  • O da imagem é de Steve Alan.
  • Confeccionado em ouro branco ou amarelo.
  • Por USD 335.00.

Jóias de Verão



  • O verão ainda está longe (teoriamente, ao menos), mas sob o sol do nosso inverno tropical, a moda balneário é a que, afinal, mais se veste por aqui.
  • Sob o sol, uma bela bolsa, belos óculos e uma boa camada de protetor solar.
  • Roupas mais leves pedem acessórios menos rebuscados.
  • Brincos (USD 315.00) e pulseira (USD 195.00) de Hervé van der Straeten.
  • Inspirados nos anos ´60, de prata martelada e envelhecida (efeito oxidado).
  • Straten é uma estrela do design parisiense.
  • Criador de jóias a móveis.
  • E embalagens de perfume: o "J'adore" (da Dior) é dele.
  • Peças originais à venda na Bergdorf Goodman (NY).

julho 07, 2007

Croc - "Até tu, Brutus?"



  • O sapato que o presidente dos EUA, George W. Bush, escolheu para andar de bicicleta é um ... "croc".
  • Modelo Cayman, preto.
  • Lá, custa cerca de US30.00.
  • Aqui, uns R$90,00.
  • Ainda que a empresa não vá se beneficiar da imagem da celebridade, paciência.
  • A sandalinha é (literalmente) fofa.
  • Já está na "dbstudio shopping bag" há 1 mês.

julho 06, 2007

Recriando




  • Por um lado, tenho dó dos estilistas:
  • Estudam, pesquisam, inspiram-se e criam.
  • São aplaudidos, observados e ... copiados.
  • É o preço da fama.
  • Cópia, plágio, inspiração, "benchmark" ou, simplesmente, "na aba"?
  • Uma das minhas paixões, as "Crocs", chegaram às lojas brasileiras após as (genéricas) 'jacarés ".
  • Passeando num shopping com minha mãe, vejo os sapatos "aladin" (da "Osklen") numa sapataria e, passado o choque, concluímos:
  • - Mataram até a liquidação dos caras...
  • A propósito, a "Osklen" é um "case de reconhecimento" pelo trabalho bem-feito:
  • uma confecção cisma em homenageá-los: nas vitrines, há peças cheias de amarrações e ilhoses grandes - acho que sem o logo.
  • Este fenômeno ocorreu há mais de 1 década, quando a "Company", vanguardista de moda "teen", cujo logo era "C", apreciava clones de suas mochilas vendidas em camelôs.
  • O colar de bolinhas em estampa "liberty" (1) da imagem é da "Louis Vuitton".
  • Mas dá para comprar por aí uma ... réplica (?).
  • De todo o modo, pensando bem, ninguém é santo.
  • Olhando o editorial de uma revista de moda, vi um lindo tênis de cano alto, metalizado, e pensei ... nossa, uma peça brasileira junto com um vestido "Missoni"!
  • Mas o alarme era falso: o tênis é um "Pierre Hardy".
  • Cópia ... inspiração ...?
  • Opto pelo eufemismo: inspiração!
  • Efeito da ... globalização!
  • E agora, com licença que vou pintar minhas unhas de platinum, "inspirada" pela foto da mão da Carol Trentini.

1. "Liberty": tecido inglês, com estampas florais miúdas.

julho 05, 2007

Alta-Costura out/inv 2007 - Resumo

Hoje, 5 de julho, a semana da alta-costura em Paris terminou.

  • Mais do que um desfile, a mostra é uma instalação.
  • O código é: de tudo um muito.
  • O que não é "over" é nada.
  • Que minimalismo que nada.
  • Demos tempo ao tempo.
  • O "demais" se ajustará ao "demi" e depois ao sutil.
  • Porque, no dia a dia, menos é (simplesmente) mais.
  • A imagem diz mais do que 1.000 palavras.
  • O evento é traduzido em fotos.
  • 1 palavra, ao menos, para cada uma delas:
  1. arco-íris (em lilás) - Dior;
  2. skinny (boots) - Chanel;
  3. smoking (clássico)- Dior;
  4. flores - Dior.

A feminilidade em alta (na cintura).

  • Palavras, síntese de idéias.
  • Idéias "espocam" e, quando boas, criam tendências.

julho 04, 2007

Pop up Bag



  • Já que estamos inseridos num "momento-desejo" por "gadgets"
  • ("engenhocas" ou "trecos" multi-uso:
  • tradução sofrível, cuja culpa não é minha, favor conferir *),
  • tais como os "Iphones",
  • Pergunto:
  • - Que apelo pode ter...
  • uma carteirinha (do tamanho de um...CD)...
  • que guarda em seu interior ...
  • (basta abrir um ziper)
  • uma "shopping bag"
  • (grande o suficiente para ir à ... feira (?) e...
  • abastecer a despensa de quem mora - quase - sozinho)?
  • E respondo:
  • - Apelo total!!
  • A "pop up bag", não obstante ser totalmente utilitária é, principalmente ..."fofa"!
  • A Hermès fez algumas.
  • Confeccionadas, quase 100%, em seda (material eco-friendly).
  • Escolha a de sua predileção.
  • Modelito: Sac SilkyPop (Buffle Skipper & Soie Argenté Palladié Cocaon)
  • Referência:051560ckAA (imagem)
  • Precito: 700 €
  • Que "amour".
  • Link-se: http://www.hermes.com/

  • (*) re. "engenhocas", ver artigos neste blog:
  • "Palavras Glamurosas", em 27 junho 2007.
  • "Gadgets", em 24 junho 2007.

Alta-Costura out/inv 2007



  • A semana da alta-costura que acontece em Paris (exclusivamente), apresenta a temporada "outono-inverno" de 2007, entre os dias 2 e 5 de julho.
  • Na mostra, organizada pela "Chambre Syndicale de la Haute Couture" (criada em 1868), somente desfilam: membros (associados), correspondentes (estrangeiros) e convidados.
  • São membros:

  1. ADELINE ANDRÉ
  2. CHANEL
  3. CHRISTIAN DIOR
  4. CHRISTIAN LACROIX
  5. DOMINIQUE SIROP
  6. EMANUEL UNGARO
  7. FRANCK SORBIER
  8. GIVENCHY
  9. JEAN PAUL GAULTIER
  10. JEAN-LOUIS SCHERRER


  • Para obter o status de membro - um "selo" D.O.C. - da federação (assim como alguns vinhos, cuja denominação depende do controle da origem) a "maison" tem de atender a determinados critérios, tais como: número mínimo de empregados (porque as peças têm obrigatoriamente de serem feitas artesanalmente, em grande parte) , utilização de tecidos específicos, participação em grande desfiles, etc.
  • Ainda que, para a maioria das mortais, a oportunidade de adquirir um desses modelos seja basicamente nula (pois, ainda que possível, é pouquíssimo provável), informar-se sobre o que está sendo apresentado nesse "show" é de grande relevância.
  • Por que?
  • Porque a tendência da alta-costura guia o prêt-à-porter.
  • Verifiquemos então o que , até agora, foi mostrado neste calendário de 2007:
  1. brilhos, por Chanel (tipo "shine on you crazy diamonds");
  2. pretos (básicos?), por Christian Lacroix;
  3. Marias Antonietas (seu nome é volume), por John Galliano (em seu 10º ano no comando da maison Dior);
  4. sapatos pontudos (é - quase chegada - a hora de guardar os sapatos de ponta arredondada);
  5. "skinny boots" e saltos ("head over heels"?);
  6. e cinturas (foto:Bünchen, a la Faye Dunaway, num revival anos 50).
  • Tendências = rota:
  • Moda = "pit stop", ou seja, uma parada estratégica.
  • Tendência é algo no que compensa investir.
  • Façam, pois, suas apostas.

julho 03, 2007

Lingerie


  • "Roupas íntimas" despertam uma atração fatal:


  • Tão difícil resistir a rendinhas, correntinhas, pedantifs, drapeados, texturas, formas...


  • A tentação é grande (eu sei, girlies), mas o conselho é imperativo:


  • "Hay que endurecer, pero sin perder la ternura jamás!"


  • O resultado final, todos os dias e todas as horas, começa pelo que está... embaixo!

  • Resumindo, é uma questão de camadas:


  • Se o belíssimo sutiã "salta" aos olhos, a produção final "despenca".


  • No momento em que, estando (protocolarmente) sob a calça, a calcinha se evidencia, a elegância ... se abala!


  • Pergunta recorrente:


  • - Então, se a cor da calça (ou vestido ou saia) é clara, a solução é usá-la sobre a pele, certo?


  • - Errado. De fato, não há necessidade.


  • Essa opção limita-se apenas a uma questão de vontade:


  • Coragem ou ousadia?


  • Antes de comprar qualquer peça (uma simples T-shirt preta, por exemplo), lembrem-se:


  • Atenção (redobrada) à lingerie.


  • Underwears cheias de detalhes, apenas sob:

  • os "wears" que as escondam,

  • sua maravilhosa roupa de dormir ou sobre...

  • a sua pele (pode agregar 2 gotinhas de perfume).

  • E nada mais.

  • Mesmo os jeans (feitos de tecido "pesado") evidenciam os "quatro traços traiçoeiros":

  • 2 pertencem a seu corpo (os 2 "extras", à lingerie inadequada).


  • É: ser mulher dá muito trabalho...

  • (E ainda ousam dizer que gastamos muito tempo "shopping".)

julho 01, 2007

Tipo Físico




Dentre as várias atribuições de um consultor de imagem, o mapeamento do tipo físico do cliente é o passo nº 1.

  • A partir daí, passa-se à escolha das peças do vestuário que melhor se adaptam àquela determinada forma.
  • O consultor de imagem e estilo não se detém a indicar o que é moda ou modismo.
  • Antes disso, é um esteta.
  • Olha para a figura como um arquiteto olha para o ambiente.
  • A especialidade de ambos é o espaço.

  • O que cabe neste lugar?
  • Qual é a sua maior área?
  • E a menor?
  • O que mostrar, o que realçar, o que poderia passar despercebido?

  • Teoricamente, há cinco tipos físicos, assim identificados:

  • 1. Retângulo: ombros e quadris alinhados, cintura inexistente;
  • 2. Oval/Redondo: forma compacta na área central;
  • 3. Triângulo Invertido: ombros mais largos do que o quadril;
  • 4. Triângulo: ombros mais estreitos do que o quadril;
  • 5. Ampulheta ou "8" : ombros e quadris alinhados, cintura definida.

  • O objetivo do consultor com relação a cada uma dessas "paisagens", resumidamente, seria:

  • 1. Retângulo: criar uma cintura.
  • Sugestão: saias "evasês";
  • 2. Oval/Redondo: diminuir o volume.
  • Sugestão: nada com pregas;
  • 3. Triângulo Invertido: minimizar os ombros.
  • Sugestão: abolir ombreiras;
  • 4. Triângulo: minimizar o quadril.
  • Sugestão: cores escuras da cintura para baixo;
  • 5. Ampulheta ou "8" : modelagens amplas podem "transformá-la num triângulo", por exemplo.
  • Sugestão: os cortes acentados tanto na parte superior como na inferior do corpo funcionam bem.
  • Qualquer um dos tipos físicos pode, no entanto, apresentar uma área de maior evidência (por exemplo, tipo "8" com seios grandes).
  • Portanto, o passo3 do consultor, é o trabalho de iluminação:
  • escurecer o maior para "escondê-lo";
  • iluminar o menor para "mostrá-lo".
  • Depois da iluminação, a decoração é importante:
  • estampas,
  • listras,
  • recortes...
  • Então, trabalha-se a cartela de cores.

  • O cliente, após a consultoria, torna-se apto a identificar as peças que funcionam e as que não vão, por mais em voga que estejam, trabalhar a seu favor.

  • Independentemente da vitrine.
  • As coleções são apresentadas, o estilista propõe mas o consumidor se impõe.
  • Atua como um semáforo: verde, amarelo, vermelho!

  • Mas como o corpo, acima de tudo, é a moradia da alma, para encerrar, uma frase de Seneca, pensador estóico (1) contemporâneo de Jesus Cristo:

"Não é livre quem é escravo do corpo."

(1) corrente de filósofos que dizia: nada acontece por acaso.