INFO 3C __________________________ COOL & CULT & CUTE. DAQUI, DE LÁ OU DE QUALQUER LUGAR
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SURFACE DESIGN by DBStudio

agosto 31, 2009

Curto Cabelo Comprido Cérebro Cônscio

  • Na campanha para a "+J" (colaboração entre o design alemão minimalista de Jil Sander e a marca de roupas "casuais" japonesa Uniqlo), a produção dos modelos Isabeli Fontana e Sean Opry é absolutamente "cool".

  • Que custam entre US$21 e $155 dólares.
  • Mas olha o cabelo (ou, na linguagem da moda, o "hair stylist") deles?
  • São curtos longos ou longos curtos?
  • Fios de comprimento "contemporâneo", diametralmente diferentes das madeixas históricas cultivadas por Lady Godiva...

John Collier

  • Ou por Sansão...

Francesco Morone

  • O longo moderno é versátil:
  1. Prendeu, está curto.
  2. Soltou, ficou longo (contemporaneamente longo).
  • Então, vamos "a la tosa"!
  • Para que cultivar essas fibras se elas estão secas, desvitalizadas?
  • Nossos cabelos são feitos de fibras protéicas, e como as lãs dos pacatos carneiros, quando o clima esquenta, merecem um tosquiamento.

  • Que ele seja belo - e mandatoriamente gentil.
  • A nossa e a dos ovinos.
  • "Pelo amor de Deus!"

PS1: a designer minimalista Heidemarie Jiline (Jil Sander) afastou-se do comando da marca que leva seu nome em 2004. Desde o início deste ano, é consultora da Uniqlo.


PS2: o tosquiamento de ovinos é, na enorme maioria das vezes, executado covardemente.


Fotos Uniqlo: David Sims

Decornomia

  • A economia e a moda andam de mãos dadas. Na alegria e na tristeza...
  • Quanto maior a instabilidade econômica, menor a disponibilidade financeira.
  • Ou a tal da propensão a gastar.
  • Esta é, mais do que sempre, a hora dos produtos inteligentes.
  • Designs versáteis, em "tempos de cólera", viabilizam o consumo racional.
  • Como esta capa, que transforma uma simples cadeira numa (quase) poltrona.

  • Recriou, renovou, agregou valor ao um objeto "glamour free" (?).
  • Decornomia (decoração + economia) pura!
  • Proporcionando, acima de tudo, satisfação ao consumidor.
  • Realidade mágica. Santo "design emocional".

    Design: MAEZM

agosto 28, 2009

Roupa e Identidade

  • Com que roupa o Super Homem se vestiria sem essa calça tão justinha?
  • E a Mulher Maravilha?
  • Será que foi ela quem deu o ponta pé inicial na inversão de funções, colocando a "roupa de baixo" do lado de fora?

  • Eis aí 2 "enigmas" (lúdicos e investigadores) propostos pelo FTM.
  • O "quizz" é direcionado a gente que tem entre 06 e 10 anos de experiência de vida.
  • Aguardemos o resultado.

Enquanto isso, o db conta uma histórinha cuja classificação etária é livre.


  • Era uma vez uma coisinha chamada Moda que, de tanto estar na moda, ficou fora de moda.
  • Encurtava, alongava, estreitava, ampliava...
  • E foi ficando doida, doidinha.
  • Mudava tanto de rumo (indo daqui pra ali e de lá prá cá) que perdeu a identidade.
  • Não sabia mais quem era.
  • Então, teve uma idéia genial:

- Vou perguntar ao mundo todo quem será que eu sou, alguém há de saber.

  • Primeiramente, perguntou aos mais velhos. Mas eles responderam:

- Meu bem, você não é, está. É mutante por natureza. Como uma onda no mar.

  • Ela ficou um pouco decepcionada, mas não desistiu.
  • Resolveu, então, perguntar aos coleguinhas da mesma idade. Eles disseram:

- Caraca, eu também não sei quem sou, mas relaxa! Vamos em frente, quem sabe, a gente descobre quem é...

  • Então, perdida e sozinha (mas ainda "encucada"), a Moda resolveu fazer a mesma pergunta aos que sobraram (mas que não sabiam nada: as crianças).
  • Essas criaturas, com pouco passado e muito futuro, esclareceram a questão:

- Você, para voltar a saber quem você é, tem de prestar atenção aos fatos, parar de resgatar, inspirar-se, parar de "viajar"!

- O inverno não precisa ser cinza, o verão não precisa ser amarelo e a primavera já tem flores de verdade o suficiente!

- A função da roupa e vestir. As formas são uma grande brincadeira.

- Moda: divirta-se, relaxe e deixe fluir...

  • Imagens: reprodução

Rádio db

  • Esta música é a "cara" desta minha 6ª feira mais do que merecida.
  • Espero que gostem e dancem, dancem, dancem!
  • Grande final de semana!

Fashion News

TSI
  • Hoje é o lançamento (nos EUA) do filme "The September Issue", que conta o dia a dia de uma das mulheres mais poderosas no "monde de la mode" no mês de setembro.
  • Que é estilista, mas semeia estilos, tendências e moda (colhendo, além de elogios, toneladas de desafetos).
  • Ela é Anna "nuclear" Wintour, editora da Vogue americana.
  • Quer saber mais e ver o trailer do filme?
  • Link-se no post do db de 25 junho.

FNO

  • Por falar em Setembro, o 1º "Fashion Night Out" está chegando.
  • Anotem na agenda: 10 Setembro.
  • Trata-se é uma iniciativa global para "promover o comércio, restaurar a confiança do consumidor e celebrar a moda" (palavras dos organizadores do evento).
  • A Vogue (um deles) está organizando uma "noite exorbitante" em várias capitais mundiais da moda.
  • Mas, ao contrário do que possa ser presumido, a festa fashion será absolutamente democrática.
  • Em NY, o lugar escolhido foi a Macy´s (com a presença de "Nuclear Wintour").
  • As brasileiras (ok, os brasileiros também) poderão participar sem sair "de casa".
  • Em São Paulo, na Villa Daslu, nos Jardins (Oscar Freire e adjacências) e nos shoppings Iguatemi e Market Place.
  • No Rio, a "celebração global da moda" será no shopping Leblon.
  • O objetivo do evento (movido a champagne, celebridades, brindes e o que mais a imaginação e os orçamentos locais permitirem) e incentivar essa indústria chamada moda, que de efêmera tem pouco.

"Francamente, se as pessoas não compram

outras perdem seus empregos."

Vera Wang

  • Como a benemerência está mega em voga, 40 % do lucro da "T" (a camiseta no topo deste artigo) serão doados ao Memorial e Museu 11 de Setembro, no World Trade Center.

    PS1: com uma T-shirt, um jeans e um cabelão vai-se a (quase) qualquer lugar.
    PS2: o azul é o novo preto.

SPFW

  • As tendências do verão brasileiro 2009/2010 estamparão o caderno Ela do "O Globo" na edição de 19 Setembro.
  • Fibras naturais, celulósicas e sintéticas.
  • Não dá para perder!

PS: estou apaixonada por este "LOVE".


LP

  • E para quem analisa a psiquê dos agentes econômicos através da moda, o livro "Eco Bags" de Lilian Pacci (ed. Senac) está nas livrarias.
  • Lá estão as fotos de várias sacolas grifadérrimas e que, consoantes com a conjuntura atual, "não são de plástico".
  • Quem assina a "orelha" do livro é Oskar Metsavaht:

“Acredito que só é possível falar de sustentabilidade se houver união entre seus aspectos social, ambiental e econômico, um necessariamente exercendo influência sobre os outros, compondo um todo indissolúvel”.

  • No Brasil as "sacolas estúpidas" ainda são utilizadas em grande escala, mas em São Francisco, por exemplo, foram abolidas desde 2008, por determinação legal.

PS: moda também é objeto de estudo da antropologia.

agosto 27, 2009

Bella Estrela

  • Esta é a Bella, cachorrinha da modelo australiana Elle Macpherson, que "assinou" um contrato de 5 dígitos (quantia que situa-se no campo dos milhares de dólares ou euros).
  • A "new face"de 5 anos de idade será o "focinho" da pet shop Dogside, estampando os outdoors londrinos.
  • A celebridade animal confirma a tendência da "pet-humanization".
  • Os animais de estimação (conceito antigo), tornam-se de fato (e de direito), cada dia mais, parte da nossa enorme, grande, média, pequena ou "PP" família.
  • A bela Bella é uma Labradoodle (mix das raças Poodle e Labrador).

  • Nos EUA e na Europa, poodles "gigantes" caminham pelas ruas sem chamar a atenção.
  • (Por aqui, os poodles pertencem ao "clube dos "baixinhos").
  • Lá, portanto, um filhotinho mix de "poddle+labrador"é fruto de uma relação naturalmente equilibradíssima (não objetos de desejo de qualquer insana e covarde intervenção humana).
  • Labradoodles são, na verdade, mais um, dos muitos, vira-latas charmosésimos.
  • Iconicamente representados por Bella Macpherson!

Nasce uma estrela!

  • Ela não é apaixonante?


Imagens: Dogside

Fonte: Telegraph

A Febre da Moda

  • Vocês já viram o anúncio de divulgação da nova novela das "oito" da Globo?
  • Nela, a protagonista de Viver a Vida aparece vestindo cores vivas, neon.
  • O departamento de figurino da emissora escolheu, para Thais Araujo, cores "neon".
  • Que viverá a mais nova "Helena" na trama do autor Manoel Carlos.

Uma modelo famosa

  • Quem duvida que, daqui a menos de 1 mês, os tons elétricos virarão "febre" ?

  • A gente já sabe que Marc Jacobs elegeu o neon na sua última coleção, que esses tons alegraram o preto, o cinza e o branco em várias coleções e que a vida colorida parece mais viva do que em "p & b".
  • Mas cuidado!
  • Uma pincelada a mais pode ser mais do que suficiente!

  • Porque da mesma forma que uma panturra de feijoada, o excesso do mesmo, na vida e na moda, tem a mesma repercussão: tende a nausear...

Fotos: reprodução

Moda Amour

  • Hoje é o dia do 1º ano de vida de um ser encantador!
  • Que, sem dúvida, será um homem lúcido.
  • Posto que é dono de um riso fácil, olhos atentos e uma necessidade avassaladora de descobrir o que é, afinal, a vida...

Parabéns, meu Pedro!

agosto 26, 2009

Moda Sustentável: Fantasia ou Faturamento?

  • De um tempinho (ou será tempão?) para cá, a sustentabilidade está na mídia, na cabeça e, claro, na moda.

Mas o que significa o adjetivo sustentável?

  • Segundo o dicionário Michaelis, a palavra deriva do verbo sustentar (do latim, sustentare): vtd 1 Agüentar por baixo (o peso de); escorar, impedir de cair, servir de escora a, suportar, suster...
  • Logo, uma moda sustentável é aquela que almeja (missão do fornecedor e do consumidor) promover e privilegiar produtos e serviços pró-vida.
  • É a que repugna agressões desnecessárias promovidas pelo homem ao meio ambiente, não admitindo que motivos como praticidade, redução de custos ou estética as justifiquem.
  • A moda sustentável tem como norte a ética.

Mas o que é a ética?

  • Tendo como fonte o mesmo dicionário, ética (do grego ethiké) é 1 Parte da Filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana. É ciência normativa que serve de base à filosofia prática. 2 Conjunto de princípios morais que se devem observar no exercício de uma profissão; deontologia. 3 Med Febre lenta e contínua que acompanha doenças crônicas. É. social: parte prática da filosofia social, que indica as normas a que devem ajustar-se as relações entre os diversos membros da sociedade.

Mas será que, sob o ponto de vista econômico, esta "moda sustentável" sustenta-se financeiramente?

  • Produzir bens e serviços ecologicamente corretos, devido aos cuidados (escrúpulos) com que são confeccionados, faz com que seus preços sejam, via de regra, mais caros.
  • Analizando-se o "zeitgeist" (palavra alemã que traduz um conceito: a força motriz do inconciente coletivo, as ações semelhantes que contemporâneos tendem a ter ou, sucintamente, o espírito do tempo), este é o momento de debut popular (logo moda) da moda sustentável.
  • Antes endereçada apenas a um público restrito ("elitista"), a ecologia hoje é palavra de ordem na maioria dos comerciais veiculados na TV aberta.

Cientistas alardearam, a mídia divulgou, mas as celebridades é que foram o vetor que transformou o assunto em fato.

  • Angelina Jolie e Brad Pitt (que adotaram uma criança da Etiópia e compraram – em Dubai – o terreno que reproduz esta parte do planeta), mostram ao mundo que Hollywood encontra-se no mesmo espaço temporal que a África;
  • Giselle Bündchen dispensou uma cerimônia de casamento “übber midiática” (bem como cifras de seis dígitos, valor da venda exclusiva da cobertura do “evento” a revistas e tablóides). Na cerimônia, os convidados foram a família, amigos íntimos e seus cães (os filhos “pets”, a propósito “vestiram” (coleiras) a mesma grife da noiva: Dolce & Gabbana.
    Fato é que as “celebridades” têm o poder de influenciar "gente como a gente".

Especificamente na moda, o "up grade" do estilo de vida “verde” debutou pelas mãos da estilista Stella McCartney.

  • A filha dos ex-Beattle é vegetariana por opção e tradição.
  • Graduada pela “Central Saint Martins” (referência acadêmica em “design de moda”, onde se formaram, por exemplo, Alexander McQueen e John Galliano), Stella decidiu suprir um hiato na “alta moda”: a moda ética e luxuosa (imperativamente nesta ordem).

SM

  • Nas coleções assinadas por Stella McCartney, peles são bem vindas, desde que absolutamente falsas!

As verdadeiras já têm donos!

  • Na grife dessa estilista, o luxo não é feito de lixo (e o que é o corpo após a morte? Além de uma carcaça em processo de deterioração até tornar-se... lixo!).

Stella McCartney


(Pensamos da mesma forma: usar a pele alheia é roubar uma vida)

  • Stella iniciou um processo, mas hoje, no mundo fashion, não está mais sozinha.
  • O programa de TV “Você é o que come” serviu de “benchmark” à discussão da mesa do “Ethical Fashion Show”, em Paris, em 2006, chamada “Você é o que você veste”.
  • Se há quem saiba a origem e/ou o destino do que porta, mas "dê de ombros", há uma legião crescente de indivíduos que, a la Sherlock Holmes, presume, investiga, conclui, compra, mas também boicota tudo o que se revele... inescrupuloso.
  • De bens e produtos a políticos.
  • Mas nem todos os "greens" são “fiéis discípulos” de São Francisco de Assis ou de “Buda”.
  • Boa parte deles (produtores ou consumidores) segue tão somente o princípio de repor o que consome objetivando preservar a si mesmo.
  • Comportamento que, apesar do "egocentrismo", ajuda a sustentar esta tendência.
  • Para as empresas, este grupo de consumidores "de conveniência" (focado em oportunidades) dilata um mercado “saia lápis”,...

  • ... dando-lhe a amplitude de uma “saia godê”.

  • Concluindo: se este “eco-iconic” consumidor corre o risco de ficar na história como seu antecessor (o hiper consumidor, aquele que consome pelo prazer de mostrar que consome) o futuro responderá.
  • Porque depois de um período de abstinência contida e reflexão exacerbada conjugado a um tempo de turbulência econômica, uma euforia “pós guerra” poderá explodir.
  • Mas a história recente já ensinou que a “exuberância irracional (1)” é capaz de gerar “verdades inconvenientes (2)” .
  • De todo o modo...

“Não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas...” (3)


(5)

  • Frase sintonizada com a notória "penso logo existo". (4)
  • E com esta conclusão milenar: "eu só sei que nada sei".
  1. Alan Greenspan: economista (ex presidente do Banco Central americano)
  2. Al Gore: ex presidente dos EUA (no governo Bill Clinton)
  3. Frase da peça publicitária “Pensamentos” do “Canal Futura”.
  4. René Descartes (1596 - 1650)
  5. Sócrates (469 – 399 a.C)

Imagens: reprodução

agosto 24, 2009

Luxo: Mutante por Natureza

  • Conforme a definição do dicionário Michaelis, luxo é "magnificência, ostentação, suntuosidade, pompa, etc.".
  • Em 1 imagem, luxo é isso aí...

  • Mas quando suntuosidade, economia e comportamento se misturam, o que pode efetivamente ser classificado, vendido e consumido como "luxo"?
  • O "luxo" deve investigar, compreender e traduzir o “zeitgeist” (as manifestações comportamentais que acontecem agora!), porque...

“Evoluir é continuar a respirar criativamente.”
Martin Margiela

  • Iniciado no final do século XX, o fenômeno chamado de “globalização” consolidou-se no século XXI.
  • A Internet viabilizou um “artigo de luxo”, antes disponível apenas à uma minoria: o “real time”.
  • A partir daí, o mundo virou uma aldeia!

Dubai

  • O poder dessa nova comunicação afetou diretamente o setor de vestuário (“moda”) de luxo de duas formas:
  1. Uma positiva, por levar a informação a mercados consumidores longínquos.
    A Rússia, agora, é “logo ali”.
  2. Outra negativa: a divulgação “massificada” originou o surgimento de “clones”.
  • Um bom exemplo são as “fashion weeks”: enquanto a “top fashion” desfila, “espiões da “fast fashion” fazem seus “croquis”, acelerando a obsolescência do ciclo da moda.
  • Por outro lado, para uma platéia não só informatizada, mas refinadamente informada, o “luxo” permanece inimitável.
  • A "impressão digital" do luxo (ou DNA) é percebida porque (a esta platéia, ao menos), da matéria prima ao acabamento, existe refinamento. Que luxo!

(Costumo responder a quem me pergunta como saber se a “LV” dependurada no ombro de alguém é falsa ou legítima que basta analisar o “conjunto da obra”: se o “esmalte” das unhas do “cabide” destoarem, a peça é tudo, excetovera”).

  • Mas o fato é que, no último século, a moda popularizou-se. Paulatinamente.
  • Entre o “trickle down” do começo do século XX ao “bubble up” dos anos 50 e 60, os criadores de moda que também se dedicaram à administração do seu negócio realizaram que todos desejavam consumir o “luxo”, cada um à sua maneira (para uns muitos “luxo” significa água limpa, enquanto para outros poucos “luxo” traduz-se por um Jaguar personalizado).
  • Que o local na pirâmide social onde a aristocracia milionária aloja-se é no topo sim, onde o espaço é reduzido.
  • E caso produzir para a base não seja o objetivo (posto que conflitante em termos de estilo criativo, no mínimo), há uma camada intermediária nesta representação geométrica que pode viabilizar financeiramente o seu “business”.
  • Em outras palavras, o “prêt à porter” e, mais recentemente, os acessórios.
  • Muitos “designers”, porém, apesar das mudanças no panorama cultural e/ou econômico, continuaram a focar-se exclusivamente na criação, percebendo, talvez tarde demais, que tinham preservado o prestígio. Enquanto acumulavam prejuízos.
  • Marcas consolidadas deficitárias foram, então, adquiridas por “holdings” financeiras, “experts” em traçar estratégias de marketing baseadas em planos de negócios.
  • Que ao mesmo tempo em que cerceiam, orientam os diretores de criação (a “alma” da grife) para que cheguem a excelência do resultado contábil: o lucro.

“Aprendi em meu trabalho que o que não vende não é moda...”


Tom Ford

  • Com a força desses conglomerados, estratégias de marketing globalizadas foram claramente definidas.
  • Cujo vetor principal é a comunicação.
  • Dos desfiles de “haute couture” (na verdade, uma propaganda institucional, um “abre alas”) às “celebridades” (top models, cantoras, editoras de moda "vips" e afins) performando um discretíssimomerchandising” nas passarelas da vida, clicadas por “paparazzi” ou não, usando “ou isso ou aquilo” “by ABC ou XYZ”, há comunicação.
  • Investimentos pesados num mundo globalizado repleto de preferências locais, divulgam, ensinam e atiçam gente ávida pelo ter para mostrar, como quem diz “você sabe com quem está falando?”
  • Aliás, o porto do luxo emergente localiza-se num "lugar" chamado "BRIC" (Brasil, Rússia, Índia e China).
  • Que sentindo pré-poderosa, divulga aos “quatro cantos” que encontra-se na lista de espera da edição limitada da bolsa "it".


  • Paralelamente, Rei Kawakubo, estilista responsável pela “Comme des Garçons”, diz que, quando sai à noite, carrega apenas o essencial em sua "bolsa preta sem nome".
  • Que a moda, para os puristas, padece há tempos de um vírus (letal?) chamado “banalização” é fato.
  • Mas mesmo aqueles que não têm saudade dos áureos tempos quando “exclusivo” era, de fato e de direito, único ou muito limitado, percebe que a função da moda tornou-se um grande teatro.
  • Estilistas conceituais como Rei Kawakubo promovem questionamentos de comportamentos padronizados através de suas peças.
  • Desconstroem até mesmo o conceito de que a moda tem de ser bela.
  • Fenômeno recente, o consumidor contemporâneo pertence a uma época em que a economia no primeiro mundo tangenciou a depressão, mas que permanece no limiar da recessão. Em seu cérebro, uma frase não quer calar: “todo o cuidado é pouco.”
  • A “débâcleeconômica acontece num momento em que consumidores estão procurando voltar os olhos para si mesmos.
  • Este sujeito não admite a classificação de “hiper consumidor” (aquele que "olha para os outros").
  • Para o “neo consumidor”, seu bem estar é o que importa.

(Muitas afirmam que 1 “lipo” vale mais do que 2 “LVs”...)


  • O luxo atual é, inequivocamente, personal.
  • Para muitos (e cada vez mais), produtos ecologicamente corretos são o “luxo”.
  • E não se importam em pagar - logicamente mais – por “ele” (o luxo).
  • Para determinado grupo, o visom assinado por YSL é luxo; para outro, as “faux fur” de Stella McCartney são “übber”.
  • O primeiro grupo é regido apenas pela estética; o segundo, prima pela ética.
  • O luxo não acabou e nem acabará enquanto a roda continuar girando.
  • Afinal, é da natureza humana, comprovado pelos antropólogos, que o homem busca diferenciar-se: seja para impor hierarquia, ou para adequar-se à tribo que pertence ou à qual almeja pertencer.
  • Portanto a tradução do que é o “luxo" é mutante por natureza, como “nosostros”.

Comme des Garçons

  • Será que, daqui para frente, os dicionários - a fim de permanecerem divulgando informação atualizada, portanto relevante, deveriam acrescentar mais um significado ao léxico "luxo": “preferência pessoal”?

agosto 23, 2009

Underwear das Estrelas

  • Christina Aguilera e Madonna usam.
  • Os "underweares" da Buttress and Snatch.
  • Lingeries sedutoras e românticas , feitas para "meninas" tão "ingênuas" quanto... levadas".
  • As "pin ups" (que, a próposito, estão em pleno "revival"), acima de tudo (e, quem sabe, de alguns, de vez em quando), divertem.
  • Aos outros e também, e principalmente, a si mesmas.

  • Pseudo objetos, hoje, mais do que nunca, donos das suas vidas.

"Lingerie não é apenas função, não mais... Há tanta variedade agora que ela tornou-se o acessório mais novo e mais "quente". No qual as mulheres gastam uma boa fortuna."


Danae Shell, editora do Knickers
  • Pin up: será que quem ainda não é adoraria sê-lo? ;>)
  • Seria Fernanda Young uma brasileira que brilhantemente brinca de incorporar o conceito?

Lingerie info: The Guardian

Homem Fashion Forward

  • Mulheres são mais receptivas à mudança das formas das funções.
  • Não, ninguém aqui está se referindo à matemática ou à física.
  • O objeto "filosófico", neste caso, é a indumentária. A moda...
  • A função das calças, das saias, das blusas, etc. não varia.
  • Mas as formas delas mudam.
  • No guarda roupa feminino não é difícil encontrar, por exemplo:
  1. calças skinny e sarouels;
  2. minis e maxi saias;
  3. T-shirts e camisas de seda.
  • No dos homens, entretanto, as formas das funções repetem-se.
  • Excetuando-se diferenças sutis aqui ou ali - "detalhes tão pequenos" - tudo parece e aparece igual, há séculos.

Mas Tim Soar, um designer inglês que aterrizou no "planeta moda" em 2005, propôs uma quebra de tabus no guarda roupa masculino.

  • Sua coleção primavera 2010 oferece ternos "frescos"...

  • cintura alta...

  • monocromia...

  • glitter e calças "quase capri" (*)...

  • E aí, menina, você aprova este sujeito masculino "fashion forward", "honorificado", há pouco tempo, de "metrosexual", "título" que, a propósito, passou, "como uma onda no mar"?

(*) ligeiramente acima do tornozelo: a versão original tem 4 dedos acima desse osso.

agosto 22, 2009

Punho Pop

  • Quem faz a moda vive de "inspiração".
  • Os estilistas precisam de um motivo para desenvolver suas coleções.
  • No mínimo, 2 vezes por ano.
  • No último SPFW, por exemplo, Oscar Metzvah (da Osklen) "vivia" o Carnaval.

  • Enquanto Reinaldo Lourenço "servia" café à platéia.

  • Copas do mundo, jogos olímpicos, eleições ( e suas primeiras damas), tempos de guerra e também os de paz, aquecimento global, aniversários (este é o ano da França no Brasil, certo?) e falecimentos são todos "boas" fontes de inspiração.
  • A recente morte de Michael Jackson há de trazer o estilo "jacko" às araras das lojas.
  • Sugestivamente, preferencialmente.

  • Sua personagem nos remete a brilhos, jaquetas, calças "anoréxicas" e... luvas.
  • Que não precisam ser luvas necessariamente.
  • A inspiração oriunda do universo do "rei do pop" pode/deve ser sutil.
  • Pensemos em prolongamentos dos antebraços que (quase) cobrem os dedos.
  • Punhos largos, longuíssimos. Munhequeiras...
  • Em cores "neon": quentes, divertidas, elétricas e pop. À la anos 80.

Neon Tetra

  • Perfeitas para aquecer - e decorar - o outono/inverno 2010.

Imagens: reprodução