- Você conhece a moda creta?
- Certamente não, pois a cultura creta atingiu seu apogeu e declínio entre 1750 e 1400 a.C..
- Nesta época, o que se vestia não é considerado "moda": é "vestimenta".
- A moda é um fenômeno... recente (surgiu no Renascimento, no final do século XVI).
- Mas a vestimenta creta, esta sim você conhece e usa.
- Pense em corpetes ajustados, mangas curtas, babados, cinturas finas, aventais e chapéus.
- Este era o guarda-roupa básico da mulher creta, que vivia numa sociedade matriarcal.
- Apesar de tanta peça, os seios ficavam expostos, homenageando a fertilidade.
- Milhares de anos depois, as mulheres do séulo XXI replicam as formas da indumentária creta.
- Mas o papel delas no mundo mudou.
- O topless fiou reservado para a hora e o lugar corretos.
- A fertilidade tornou-se questão de forum íntimo.
- Exceto em culturas "jurássicas" elas trabalham, votam, governam e consomem.
- Consomem muito mais do que os homens.
- Não à toa, as vitrines de Nova York foram "grafitadas" de rosa neste Setembro.
- Homenagem às "Cinderelas"? Claro que nops!!!
- Tudo ferramenta de marketing.
- Vislumbrando tão somente o resultado da ação: a reação (das consumidoras).
- Elas são os agentes econômicos capazes de reverter as crises.
- A fim de reabilitar uma economia cambaleante pós crise, a cor clama por uma "mulher maravilha" que, sacando o seu "cartão de crédito", salva o mundo capitalista, em luta contra um vilão chamado "débâcle".
- A publicidade está em busca da "Wonder Woman"!
- Enquanto as vitrines estão "en rose", o comportamento das moças está gris.
- A Crônica da Semana (a toda semana uma crônica soberba, assinada pela Sintonia Fina) desta semana informa que as mulheres contemporâneas vivem um paradoxo.
- Estudos indicam que as tão desejadas (e batalhadas) conquistas libertárias resultaram por deixá-las infelizes.
Marcia Pinho - "New Ladies"
- A crônica semanal do Sintonia Fina termina com uma pergunta: "Afinal, o que querem as mulheres?"
- Fechando os dias úteis ou abrindo o final da semana, bem vinda seja a "haute" cultura!