- Nascida em 1950, a artista conceitual Jenny Holzer interfere, de forma pulgente, na paisagem.
- O foco de seu trabalho é o uso de palavras e idéias no espaço público.
- É, acima de tudo, uma poeta urbana contemporânea, cuja arte é (adequadamente) quebrada, contida, movida a bits e bites, como um relâmpago.
- Composta de espasmos.
- A arquitetura e a geografia das cidades são o cenário para suas intervenções.
- Embora lute contra a massificação cultural, sua arte é pública. É pop.
- Pacificamente marcial.
- Utiliza os 6 sentidos.
"Eu sinto 5 coisas e a mim mesma".
- A princípio agride: sua linguagem é o truísmo (via afirmações claras e auto-evidentes).
- No caminho, antagonicamente, defende-se: busca respostas.
- Descreve a sua deriva. Ou a de todos nós.
- E roga:
"Proteja-me do que eu quero."
- O foco de Holzer captura (e verbaliza) a banalidade, a sobrevivência, as pedras, as guerras, mães e filhos, os encontros e as frustrações, a luxúria, enfim, o arco-íris e o cinza que permeiam a existência.
"eu entro / eu te vejo / eu te observo / eu te examino / eu te espero / eu te faço cócegas / eu te provoco / eu te respiro / eu converso / eu rio / eu toco no seu cabelo / você é a pessoa / você é a pessoa que fez isso comigo / você me pertence / eu te mostro / eu te sinto / eu te pergunto / eu não pergunto / eu não espero / eu não te pergunto / eu não posso te contar / eu minto / estou chorando muito / havia sangue / ninguém me contou / ninguém sabia / minha mãe sabe / eu esqueço seu nome / eu não penso / eu escondo minha cabeça / eu escondo sua cabeça / eu escondo você / minha febre / minha pele /..."
- Viajemos pois, na boléia de Jenny Holzer.
- Pelo tempo, ao redor do mundo.
- Imagem 1: Capa de um livro que ganhei de presente (em 1999) de quem "eu sei que vou amar por toda a minha vida."