- Embora o mundo globalizado e intelectualizado só fale em recessão, a economia doméstica não vai mal não.
- Um artigo da Time intitulado "Que recessão? A economia bomba nas favelas do BraZil" informa que a beleza pode salvar a economia.
- Ao menos abaixo da linha do Equador.
- A comerciante Maria Irece da Silva (que as publicações internacionais explicam não ter parentesco com o presidente), moradora da favela de Jardim Carumbé disse na entrevista que "os ricos falam de crise, mas os pobres nem a mencionam".
- Da Silva tem uma pequena loja de cosméticos e seu "business" ajuda as mulheres a ficarem bonitas num país onde a aparência supera a substância.
- Inspiradas pelo sucesso mundo a fora das top-models "made in Brasil" ou pela cultura local narcisista que aflora sem discrição principalmente durante o Carnaval, as brasileiras investem em sua imagem.
- O corpo feminino é tido (e visto) como um ativo.
- Seja ele esquálido ou rotundo (ou melhor, "gostoso!")
- Vendendo cosméticos e bijoux, Mª I. da Silva fatura R$500 por dia.
- Mas sua clientela vive de alavancagem financeira.
- Embora deva desconhecer, esse é o termo técnico dado às linhas de crédito que ela concede a suas freguesas.
- Popularmente, Maria "vende fiado".
- Por enquanto, crise para ela é uma idéia abstrata.
- Não está nem um pouco interessada em "sub primes".
- E recessão um problema para amanhã. Ou depois.
"Quem gosta de pobreza é intelectual, pobre gosta é de luxo".
Joãozinho 30 (carnavalesco)