- O assunto principal do CFDA ( Council of Fashion Designers of America) foi um monstrinho de 5 letras que atende pelo nome de crise.
- Designers, varejistas e jornalistas de moda se reuniram para discutir a relevância dos desfiles com relação ao consumo popular, mas acabou mesmo em queixas e ponderações econômicas.
- Recessão, consumidores viciados em descontos, a desconexão entre passarela e a moda na esquina, antecipação de coleções, estoques abarrotados...
- Segundo a WWD, a presidente do conselho, Diana von Furstenberg, foi enfática:
"Não tem jeito, quando se está no meio de uma tsunami, de mudar-se tudo".
"Mas há uma coisa possível: podemos fazer a NY Fashion Week a semana de moda mais dinâmica do mundo."
- Donna Karan (um dos membros do grupo, como Francisco Costa, Lazaro Hernandez e Betsey Johnson) foi direta:
“Estamos numa crise, sem a menor sombra de dúvida".
“Criamos para o consumidor, e agora, eu acho que ele está completamente confuso."
- De fato, com a explosão exacerbada do consumo da última década, a indústria acostumou-se a lançar coleções, pré-coleções, coleções sazonais, enfim, abastecer o imaginário do público para quem recessão era uma história que aconteceu nos anos 30.
- E que agora, abismada com essa reedição "vintage" movida a tecnologia, simplesmente não compra, exceto se vir uma palavra estampada na vitrine: "sale", "saldi", liquidação!
- Para Furstenberg, a mudança de rumo está na mão dos produtores:
- "Percebo que todos temos de reduzir a oferta e criar a demanda".
- A próxima edição do Mercedes-Benz Fashion Week (leia-se NYFW) acontece entre 10 e 17 setembro.
- O que a "oferta"estará reservando à demanda?
- Na dúvida, é melhor resistir à tentação consumista e aguardar...