Este artigo não pertence à coluna economia.
Apenas serve-se desta ciência social (a economia não é uma ciência exata: ela se utiliza da matemática para demonstrar uma boa parte dos fenômenos sociais) na tentativa de elucidar os consumidores que:
- o barato (geralmente) sai caro;
- o modismo vai (e caso volte, volta "diferente");
- a "abdução" pelos modismos deve ser restrita a pouquíssima peças;
- o "investimento" (qualitativo ou quantitativo) deve ser feito apenas no que se perpetuará.
- O importante, de fato, é que cada novidade adquirida retarde a sensação de ter, impostergavelmente, de adquirir outra nova.
- O armário lotado não significa poder.
- O armário planejado, porém, transmite a sensação de tranqüilidade.
- Logo, opte sempre pelo investimento (que consiste em gastar com o intuito de recuperar a despesa).
- Evite "queimar o custo" (a utilização precária do capital).
- Algumas idéias que prometem "lucratividade":
- Formas fluidas, aeradas
- Volumes: na forma de "layers" (camadas, cascatas verticais)
- (cuidado se houver volume nas regiões do abdômen e do quadril)
- O novo "new look" reaparece curvilíneo
- Vermelho: a cor é um clássico
- (prefira os tons mais apagados, menos "Marilyn")
- Pretos e sombras: aposta dos estilistas
- O gradiente do cinza vai do cimento-metrópole às nuvens celestes que anunciam tempestades
- Tricôs: remetem ao "cocooning" (tendência à interiorização, a recolher-se ao casulo)
- Malhas discretamente "oversized", o que significa conforto
- (afinal, às vezes, mais é mais mesmo)
- Graças, em boa parte à Internet, a democracia imperou: "o mundo está plano".
- E o tema étnico é multi-cultural: xadrez escocês, motivos apache, elementos afro e ... ursos do Alasca (estes bem representados por Stella McCartney e sua filosofia "animal free").
- E "penas vegetais", que a Prada utilizou em seus casacos.