"Você ouve sobre os jantares e os eventos de moda. Esse é o assunto de um incontável número de revistas e reportagens. Alguma coisa especial acontece no BraZil. Mas hoje, esta agitação não tem nada a ver com clichês culturais, como samba e carnaval. O Brasil está reivindicando o seu lugar no palco global e, interessantemente, a moda ocupa um grande papel na ascendência do país."
- Este é o 1º parágrafo escrito por Suleman Anaya no The Business of Fashion (ou "Negócios da Moda", jornal "on line" interessantíssimo).
- Entre tantas outras informações, somos descritos como uma "terra de oportunidades".
- Marcas internacionalmente renomadas confirmam. Só neste ano, Diane von Furstenberg, Missoni, Chanel, Gucci, Louis Vuitton e Burberry investiram neste mercado, notadamente em centros urbanos (destacadamente, São Paulo).
- A proprietária da "legendária" Daslu - Eliana Tranchesi - em entrevista exclusiva para o BoF, declarou: no Brasil, "as grifes podem gastar esforços desenvolvendo o lançamento de novas coleções, estilos e produtos. Quando as coleções chegam aqui, já contam com uma base de clientes estusiasmada."
Mas o caminho oposto - aquele "made in Brasil" - também mereceu destaque.
- Richard Barczinski, ex H.Stern, é o atual diretor geral da Hermès no Brasil.
- A Osklen - que cruzou fronteiras graças à identidade da marca - é citada, com louvor, como um "case" de sucesso no mercado interno.
- A Maria Bonita foi descrita como "uma das marcas menores e independentes que oferecem boa qualidade e design a um preço alto".
Todas estas informações são bastante relevantes para analistas de investimento: indicam que temos consumidores que procuram - e podem pagar - pelo chamado bom design (classes alta e média).
- Como se sabe, o Brasil pertence ao BRIC, grupo de nações "em desenvolvimento", tendo como pares a Rússia, a Índia e a China.
- Comparações com este último "gigante" são sempre recorrentes, por conta de seus crescimento econômico e tamanho de mercado.
- Ainda assim, temos vantagens comparativas: somos consumidores "altamente sofisticados e informados".
- Mas, apesar disso, o país apresenta barreiras a seu potencial, decorrentes, inclusive, da legislação fiscal "que precisa ser atualizada".
“O Brasil é, política e economicamente, um ótimo lugar, mas mudanças que permitam um maior desenvolvimento da criatividade e do design industrial são necessárias".
Paulo Borges, presidente da Luminosidade (produtora da São Paulo e Rio Fashion Weeks)
- De todo o modo, este " gigante do Hemisfério Sul continua a crescer".
- E o mundo continua a olhar para cá. "De olhos bem abertos."
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