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SURFACE DESIGN by DBStudio

agosto 04, 2010

Status Solar


"Considerada uma divindade onipotente por culturas mais primitivas, o sol era evitado pela nobreza da Roma antiga, que usava giz para clarear o rosto. Do Renascimento ao período Elizabetano, as mulheres preferiam tintas à base de chumbo branco, nas quais desenhavam veios azuis para evocar o conceito espanhol de sangue azul.

Sangre Azul refere-se à pele de porcelana translúcida das princesas de Castela."

"Como a Revolução Industrial ganhando força no final do século XIX, a classe trabalhadora mudou-se do campo para a fábrica, enquanto os ricos desenvolviam um amor pelo esporte. Peles pálidas cada vez mais pertenciam aos pobres, enquanto os tipos mais ricos apresentavam um pouco de cor a partir de uma vida de lazer ao ar livre."
"Em 1891, John Harvey Kellogg (leia-se "Corn Flakes") criou a Incandescente Banho de Luz, um protótipo de espreguiçadeira para curar gota e certas doenças da pele, como eczema, utilizando luzes visível e infravermelha. A engenhoca revolucionária foi popularizada quando ele enviou um par delas para o Palácio de Buckingham e o Castelo de Windsor a pedido de Edward VII. Não há registro na história sobre a cura das doenças de Sua Alteza, mas presumivelmente o invento o deixou com o rosto menos pálido do que o de seus súditos."
"Na virada do século, quando a poluição industrial e a falta de luz solar suficiente estavam ligados a doenças como raquitismo e tuberculose, os raios do sol tornaram-se um furor. Neils R. Finsen ganhou o Prêmio Nobel em 1903 por seu trabalho sobre a função terapêutica curativa do astro rei e o Dr. Auguste Rollier, seguindo seu exemplo, abriu a 1ª clínica de bronzeamento artificial do mundo, nos Alpes Suíços.

Nascia ali o termo "bronzeado saudável"."

"Coco Chanel é famoso por muitas coisas como ternos de tweed, bolsas acolchoadas, e camélias, mas ela também popularizou os bronzeadores. Em 1923, após um período de férias na Riviera no iate do Duque de Westminster, ela retornou a Paris com a pele marrom dourado. Quatro anos depois, o primeiro rosto bronzeado apareceu nas páginas da Vogue britânica."
  • Em 1960, a Coppertone revolucionou o bronzeado com o seu QT (do inglês, "bronzeamento rápido").

"O glamour de celebridades bronzeadas nas capas das revistas esteve em voga até os anos 80. Porém, décadas de culto descuidado ao sol por um público desconhecido tinha feito as suas vítimas: as taxas de aumento de câncer de pele eram ligadas aos costumes. Sob a administração Carter, o FDA desenvolveu os primeiros regulamentos sobre a classificação SPF, um sistema que indica a eficácia que um protetor solar tem em bloquear os raios UVB. Um revés para aqueles que afirmam Carter não conseguiu nada durante a sua presidência, as regras permanecem até hoje."

  • Em 1986, foi lançado o primeiro protetor solar fator 15.
  • Nos anos 90, questões como envelhecimento e danos à pele causados por raios UVA foram divulgados e a indústria trouxe ao mercado os protetores FPS 30.
  • A palidez voltava à moda.

  • Em 2009, a Organização Mundial de Saúde colocou as câmaras de bronzeamento artificial, entre outros hábitos, como as substâncias mais cancerígenas, ao lado de arsênico, asbesto (amianto) e gás mostarda.

"Recentemente, novas pesquisas indicam que banhos de sol sem proteção (solar) são benéficos à saúde. Os males (da falta de exposição ao sol) associados ao baixo nível de vitamina D são epidêmicos (até Gwyneth Paltrow admitiu publicamente a baixa densidade óssea causada por uma deficiência de vitamina D), e alguns especialistas, incluindo o Dr. Michael F. Holick, que escreveu "A Solução Vitamina D: uma estratégia de 3 passos para curar nosso problema de saúde mais comum"(Hudson Street Press, 2010) sugerem que a propósito, a exposição ao sol controlados nos meses de verão pode melhorar a saúde como um todo."

  • A um público ávido por saúde e beleza, a indústria de cosméticos promete.
  • Fonte de energia limpa, a energia solar é a vedete da tecnologia ética.

  • Os consumidores, atônitos, reinventam seus comportamentos.
  • Enquanto aguardam por novas informações.

Texto entre aspas: artigo de Celia Ellenberg publicado na Style (tradução livre).

Imagens: Google