- Quando Johann Gutenberg inventou a imprensa no século XV, popularizou a difusão da informação.
- Em outras palavras, a acessibilidade ao conhecimento ficou "pop".
- Poderíamos até dizer que Gutenberg foi responsável pela inclusão "digital" à sua época.
- Afinal, a máquina criada pelo gênio alemão propiciou o barateamento dos livros.
- Ali nascia um tesouro - da infância, da juventude e da maturidade.
- Porque saber dá poderes. E asas à imaginação...
Blind Girl - Sir John Everett Millais
- Imaginem o quanto os escribas (e os levitas) reclamaram de tamanho acinte!
- Imagina a vontade deles em mover uma ação do tipo:
"Gutenberg x Copyright"
Atualmente, muito lemos na mídia (não só a digital, a impressa também, como não?) sobre o direito de "copyright" nesta era "virtual".
- Artigos sobre o (novo) tema foram recentemente publicados, por exemplo, na The Economist, no Valor Econômico, na Reuters, na Bloomberg e no O Globo, hoje.
- Em todos, a discussão sobre o direito autoral.
- Como proteger - ou ao menos regular - o "gênesis" da ação dos internautas?
- Como coibir a pirataria digital?
- O quanto a instantaneidade da divulgação "selvagem" dos fatos prejudica seu autor?
- Será que as "réplicas" poderiam ser (quase) nobres, dado que auxiliam a inclusão social?
- Se a "info" fosse protegida, seria, ainda sim, gratuita?
- Qual seria o custo de um "selo de legitimidade"?
- Não, eu também não aprecio pseudo "homenagens prestigiosas".
- Aquelas onde não há qualquer menção: nem nome, nem URL, nem nada.
- Ninguém gosta, nem um pouquinho, quando vê por aí textos muito semelhante (ou parágrafos ipsis litteris) aos que escreveu.
- Declinamos todos de tal "honraria".
- Como qualquer aspirante a zen que mora na "selva de pedra", sinto uma pontada de traição.
- Mas, "a parte que me cabe neste latifúndio" é uma atitude nobre - ainda que compulsória - chamada resignação.
- Porque a história prova que a difusão exclui, de certa forma, o patrimônio.
- Mas também tem o mérito de acabar com as "castas".
- Popularizar é aparar arestas, é diminuir diferenças.
- A Wikipedia é o melhor exemplo do espírito desse nosso tempo.
- Esse "colletive" - que obviamente tem uma equipe de mediadores atentos a fim de que haja consistência, logo credibilidade, nessa ferramenta da informação - é um ícone de coerência.
A Wiki está na rede porque informa, ou informa para estar na rede?
- Até agora, a regulamentação dos direitos autorais digitais está longe de ser resolvida.
- Além, se a concorrência é grande e madrasta, alcança o "gol" quem sai na frente.
Afinal, quem prefere ter como fonte a cópia do original?
- Deixemos o futebol de lado e falemos de moda.
- Mas o que é que a moda tem a ver com copyright?
- "O que é que essa baiana tem?"
- Tem muito.
- Porque quanto mais acessível é a Internet, mais acessível está a moda.
- A tendência - quando não clones de uma coleção inteira - desfilada em Milão hoje, estará em 2 meses na loja "fast fashion" da minha, da sua, da nossa esquina...
Giorgio Armani (outono 2009) - Harper's Bazaar
Rosa ou não, c'est la vie...
- Por isso, venho questionando há algum tempo:
Será que a moda não está tão na moda que já estaria fora de moda?
- No sentido original, sim.
- O antes "exclusivo", hoje está acessível, quase ao mesmo tempo, a quase todos.
- Mas apesar da "pasteurização" da informação - fashion inclusive - o que consegue manter a imagem aristocrática (típica da natureza humana, porque amamos ser iguais, desde que sejamos diferentes) é o "timing" e o acabamento.
- Posto que enquanto o mestre nutre-se de informação para gerar inovação, o "genérico", para chegar ao "gol", alimenta-se de oportunidades.
- Este pode até chegar lá!
- Sem jamais, porém, ter a satisfação de ser, reconhecidamente, "um gênio".
PS1: Antes que eu esqueça de citar a fonte, a correção ortográfica deste artigo foi viabilizada graças ao processador de texto "Word", produzido pela Microsoft.
PS2: O db têm a ética como norte. Consulta, inspira-se, transpira "paca" e procura dar "nome aos bois" (leia-se crédito às fontes) sempre. Quando não os "batiza" é porque naufragou de tanto "surfar". E aí, os créditos (*) são do Google, santo Google...