- "Moda" pode parecer um assunto tão raso quanto uma discussão sobre uma partida de futebol.
- Quantas teses, perguntas, dúvidas ... enquanto a vida lá fora (dura, cruel, com "cheiro de ralo") continua.
- Quanto ao futebol eu não sei - nem time tenho!
- Mas quanto à moda ... há muito o que se pensar.
- Quase todos são conscientes de que as aparências enganam. E muito.
- Raras são as pessoas que se cobrem (ou se despem) apenas por causa do frio ou do calor.
- Por que nos vestimos e nos adornamos?
- Os motivos, maiores ou menores do que uma mera reação à temperatura ou ao pudor, são vários:
- para espelharmos quem somos?
- para fingirmos ser quem não somos?
- para mostrarmos quem conseguimos nos tornar?
- para sermos diferentes de uns; ou iguais a outros?
- A "moda" não é aquela mostrada nos desfiles (marketing puro, feitos para polemizar e virar notícia).
- Nem aquela que hoje está nas vitrines, e amanhã nos camelôes.
- Me refiro, na verdade, ao ato de consumir.
- Dada a atual velocidade e abrangência da informação, ninguém quer ser "um outro tijolo na parede".
- Quanto maior o alcance da mídia, maior será a velocidade com que os "trendies" descartarão o "objeto de desejo da última semana".
- Afinal, o "homo sapiens" é um animal grupal, pero no mucho.
- Queremos todos é ser (quase) unos!
- Amamos as edições limitadas!
- Por que consumimos moda?
- Para sermos menos 1 na multidão.
- Devido ao efeito dominó gerado pela tecno-divulgação, as novidades se alastram rápido.
- E, logo, se tornam quase que instantaneamente ... velhas.
- Precisamos, então, mudar novamente.
- Na falta de tamanha e célere imaginação, recorremos aos "revivals".
- Até a moda comprova a lei do eterno retorno.
- Mas ... o que a moda tem a ver com a filosofia?
- Chama o Nietzsch!
- PS: embora o termo moda tenha a conotação de "vestuário", o foco é abrangente.
- Qualquer bem de consumo (carros, por exemplo), cabem na discussão.
- Chama o (Henry) Ford!