Chica Boom Chic

• Falta-me tempo.
• Só a mim? Não, certamente!
• Falta tempo a todos.
• E quando um dado se repete, a Dona Estatística o chama de... moda.
• Para essa Bella Dona, moda é o elemento que mais aparece em determinada amostragem.
• Como estou estudando "moda" falta (-me) tempo para postar.
• Aproveito, então, o tema de um trabalho de "moda" para postar sobre a própria.
• Com vocês, 25% de um glossário da moda, trabalho em grupo. Publico a minha parte.
• Divirtam-se.
  1. Mme. Vionnet: Madeleine Vionnet, estilista francesa (1876-1975), revolucionou a moda com a institucionalização da técnica de moulage. Chamada a "Rainha do corte enviesado” e “a arquiteta entre os costureiros”. Dominou a alta costura com vestidos elegantes de inspiração grega nos anos 30, vestindo estrelas como Marlene Dietrich, Katharine Hepburn e Greta Garbo. Vionnet é autora da frase: “O vestido deve acompanhar a usuária, e se a ela rir, o vestido deve rir com ela".
  2. Príncipe de Gales: tipo de padrão xadrez disseminado na Inglaterra por Eduardo VII. É um xadrez com riscos irregulares, geralmente em cores básicas, como bege, marrom, preto e cinza. Esse tecido é tipicamente confeccionado em lã, ponto sarja com fios cardados ou penteados. Também conhecido como “glencheck” (derivado de “glen” – família, em escocês – e “check”, xadrez, em inglês).
  3. Chiffon: Tecido extremamente leve e fino, produzido pelo ligamento de fios bem torcidos, o que lhe dá um toque creponado. Feito de algodão, seda ou fibras sintéticas, apresenta superfície ligeiramente irregular e de difícil costura, adaptando-se melhor a plissados e drapeados.. Do francês, “trapo”.
  4. Cool Hunting: ou “caçador de tendências”, é uma expressão contemporânea que designa a atividade que faz parte de um complexo projeto de pesquisa multidisciplinar combinando semiologia, antropologia, etnografia e pesquisa de observação.
  5. Stephen Sprouse: (1953-2004) estilista e artista plástico americano aclamado por coleções sofisticadas e inusitadas, mistura do pop e do punk (“punk glamour rock”) nos anos 80. Pioneiro na fusão da moda com o “estilo das ruas”. Cores cítricas, tons fluorescente são sua marca registrada. Criou em parceria com Marc Jacobs, seu amigo e diretor de criação da Louis Vuitton, em 2001, bolsas grafitadas revitalizando a clássica grife. Em 2006, Jacobs homenageia Sprouse com uma nova série de bolsas, grafitados em neon, tema revisitado por Jacobs na coleção da LV em 2009.
  6. Burberry: marca de luxo britânica, fundada em 1856 por Thomas Burberry, inventor da gabardine (tecido à prova de água, patenteado em 1888). O xadrez Burberry (inicialmente forro de trench coats da empresa), criado em 1920, é ícone e marca registrada da grife.
  7. Casa Canadá: fundada por Jacob Feliks, a Casa Canadá foi responsável pela implantação e o desenvolvimento da indústria do vestuário no Brasil. Suas coleções tinham por base e inspiração os modelos de estilistas europeus (como Balenciaga, Dior e Jacques Faith), sendo responsável pelo primeiro prêt-à-porter do país. Fundada na década de 30, atingiu o apogeu nos anos 50, tendo entre seus clientes primeiras damas da República como Darcy Vargas, Santinha Dutra, Sarah Kubitschek e Dulce Figueiredo. A Casa Canadá fechou as portas em 1967.
  8. Chevron: termo global para designar tecidos que são fabricados em sarja quebrada e que formam um desenho com riscas largas longitudinais que se assemelha a um padrão em espinha de peixe. Normalmente utilizado em tecidos para casacos de homem e senhora. O nome vem do francês "chevron" (= espinha de peixe).
  9. Fuseau: do francês “carretel” ou “pessoa fina e elegante”, a calça “fuseau” é justa como uma meia-calça grossa com uma tira na barra que se prende nas solas dos pés. Hit dos anos 80 (“disco fever”). Criadas na década de 30 por Armand Allard como peça para a prática de esqui.
  10. Kilt: saiote pregueado, parcialmente trespassado, de cumprimento da cintura até aos joelhos. Feito de tecido de lã e com padrões de tartan, o kilt era, tradicionalmente, utilizado por guerreiros e batedores dos clãs, sendo que cada clã tinha o seu próprio tartan. Era, originalmente, o traje típico de homens e jovens da montanhas escocesas do século. XVI. Desde o século XIX está associado à cultura escocesa e/ou à herança da cultura celta.
  11. Macramé: Forma de tecelagem manual, o macramé é uma técnica de tecer fios que não utiliza nenhum tipo de maquinaria ou ferramenta. Trabalhando com os dedos, os fios vão se cruzando e ficam presos por nós, formando cruzamentos geométricos, franjas e uma infinidade de formas decorativas. Tem duas formas mais conhecidas de trançado: o ponto "festonê" e o ponto "nó duplo". A palavra “macramé” significa “nó”.
  12. Pill box: Pequeno chapéu oval com lados retos e copa chata, geralmente usado no alto da cabeça, tombado para um lado. Popularizado na década de 30 por Greta Garbo, voltou à moda nos em 1962, quando o modelo criado por Roy Frowick Halston foi usado por Jacqueline Kennedy Onassis na posse de John F. Kennedy.
  13. Saharienne: casaco “safari” criado por Yves Saint Laurent, item de sua coleção africana de 1968, inspirado no uniforme dos soldados ingleses que participaram da guerra Anglo-Boer, no início do século XX, na África do Sul. Originalmente, é um casaco cáqui, mais longo, com bolsos utilitários e amarração frontal.
  14. Trench Coat: sobretudo longo, impermeável usado na 1ª GGM pelos soldados, cuja criação é clamada tanto pela empresa Burberry quanto pela Aquascutum. Tornou-se popular pós 2ª GGM (1945) principalmente pela influência de astros do cinema como Humphrey Bogart (Casablanca), Andrey Hepburn (Bonequinha de Luxo) ou Keanu Reeves (Matrix).
  15. Balonée: modelagem integrada à moda por Cristóbal Balenciaga, o “arquiteto da moda”, na década de 50. Peças balonês têm volume, mas não têm suporte: a barra é franzida, virada e presa. O termo surgiu originariamente para nomear a saia que parece um balão.
  16. Corte império: Ou corte Princesa. Datam do se´culo XIX, Vestidos com a cintura logo abaixo dos seios, inspirados nas túnicas greco-romanas. Esses modelos não tinham amarrações nem espartilhos e apresentavam as mangas quase sempre curtas e levemente bufantes.
  17. Calça Capri: modelo clássico foi criado pelo estilista italiano Emilio Pucci na década de 1950. Curta, é associada ao verão. Originalmente, tem 4 dedos acima do tornozelo.
  18. Coulisée:.designa a barra apertada por cadarço roliço ou rolotê grosso. É o acabamento franzido por tira embutida na barra. Do francês, "franzido" ou "puxado com fio". É também um modelo de relógio da Cartier.
  19. Furta cor: em francês “changeant”, é um efeito ótico obtido pela refração das cores em nossos olhos. Conforme a luz, o ângulo do olhar e o movimento, as tonalidades se sucedem. Na indústria têxtil é aplicado no tafetá, no shantung e em tecidos nacarados.
  20. Kitsch: O Kitsch é um termo de origem alemã (verkitschen) que é usado para categorizar objetos de valor estético distorcido e/ou exagerado. Do ponto de vista estético, é mais acumulativo do que arquitetônico. Opõem-se a “cool” (limpo)
  21. Martingale: ou aleta. Palavra francesa que designa uma tirinha reguladora, em geral por botões, nas costas de um casaco, na altura da cintura.
  22. Pringle of Scotland: estampa clássica de losangos no padrão argyle (losangos multicoloridos inspirados no clã escocês Argyle) criada em peças de malha em 1920 pela empresa de mesmo nome. Tornou-se moda e sinal de bom gosto, quando foi adotada pelo duque de Windsor. Em 1948, a marca recebeu o certificado real.
  23. Voil: é um tecido leve, semitransparente e muito simples. A tecelagem é lisa e quase quadrada. Voile também é chamado de "Voile de lã". Originalmente era feito apenas de algodão ou lã, mas agora é também construído a partir da seda ou de filamentos de fios sintéticos, sendo, quase sempre, tecido com fios penteados. Voile de grau mais elevado é feito a partir de fios de alta torção
  24. Twin-set: conjunto clássico e britânico de casaco e camiseta. Sua aparição na moda remonta a 1940. O “conjunto gêmeo” clássico é um tricô em lã ou cashmere.
  25. Bohemian: “bohemian chic” ou “bourgeois bohemian” (boêmios chique e burguês, respectivamente), estilo recente, cujo ícone é a atriz Sienna Miller. Eclético e personal, é um mix de peças de guarda-roupas cigano, hippie, étnico, folk e vintage. A mistura de influência de várias culturas e modismos alcançou o ápice entre 2004 e 2005.
  
  Agradecimentos a: A Imagem da Moda; Lula Rodrigues; Minuto de Moda; Dictionary of Fashion & Fashion Designers – Georgina O’Hara Callan – Thames & Hudson, 1998; Enciclopédia da Moda – Georgina O’Hara Callan – Cia. das Letras, 1992; Babylon; Bons Fluidos; Cortando e Costurando; Fashion Bubbles; France Today; Manequim; Máxima Interiores; Moda Brasil; MSN Lilian Pacci; Portais da Moda; Portero; RG Vogue; Texsite; Wikipedia; We Love Sprouse.