A razão de seu banimento foi a inadequação de comportamento ao meio.
O estopim da expulsão da aluna foi o comportamento da multidão, que ao ver uma mulher de saia "muito curta e muito justa", foi ao delírio.
Tal multidão, sabe-se lá por que, tomada talvez por algum "zeitgeist" (ou inconsciente coletivo), começou a exprimir seu desconforto plural, à la detentos confinados em chocadeiras, incubadoras de problemas, dado que nelas "sempre cabe mais um".
Que loucura insana (não é pleonasmo, não, há loucuras "beleza")!
O problema não é a expulsão da aluna que jamais, ao que parece, conseguiu adequar-se ao "dress code" daquela instituição.
Ao que parece, apesar de informada, Geisy preferiu impor sua personalidade.
Expressar-se em alto e bom tom, por intermédio das peças que escolheu para "cobrir-se" (proteção é também função da indumentária, diga-se de passagem).
O problema é que, na verdade, ela passou por constrangimento: eufemismo para ameaça e tortura (pessoal ao menos).
Enquanto seus "delatores" (guardiões da "moralidade"?) transitaram pelo episódio impunes.
A forma de condenação da "amoralidade" dela remeteu a tortura, nepotismo, arbitrariedade.
O ambiente de alucinação coletiva lembra a sociedade governada por Luís XIV, onde cada um dos participantes, jovens ou não, não importa, jurassicamente, isto sim importa, reeditaram o lema "l'état c'est moi".
E resolveram "jogar pedra na Geni"!
Lugares espertos sabem conviver com diferenças.
Ele é habitado por gente esperta.
Este tipo de gente sabe que a vida é feita de diversidade.
Bem como de códigos de conduta (o de vestir é apenas 1 deles).
Este grupo sabe que conviver é "coisa da vida".
Convive, prazerosamente, com seus pares.
E, compulsoriamente, claro, com "tolinhos de plantão": tipo de gente no mínimo 1/2 "sem noção", que acredita que o poder está num par de coxas, num abdomen tanquinho, na marquinha do biquini, na jovialidade, no capital, na lábia, no drible, na falta que o juiz não viu, etc.
Sociedades espertas sabem que, eticamente, execrável mesmo são os marginais (quem mata, estupra, sequestra e/ou subtrai o patrimônio alheio).
Quanto à moça de saia curta na Universidade em questão, especula-se que está feliz da vida com seus mais do que "15 minutos de fama". E torcendo para que alguma mídia a contrate para mostrar "o que é que ela tem".