Bonequinha de Luxo
- Twitar ou não, eis a questão!
- Sempre fui, ao menos filosoficamente, avessa a comunidades internéticas.
- Entrei, há tempos, no Orkut apenas por curiosidade, e saí rapidinho: julguei que seria justo afastar-me da tênue fronteira que separa a anarquia da democracia.
- Voltei quando recebi convites irrecusáveis. E saí tão logo quanto possível, sem ferir brios: meus queridos migraram (para o Facebook e/ou Twitter).
- Até aí, aparentemente, nada é conclusivo, dado que "todos os caminhos levam em Roma".
- O que esta turma - solitária ou solidária - quer mesmo é entrar em contato. Comunicar-se sem fronteiras. Será?
- O fenômeno do "contato virtual" está estabelecido mais modernamente, no site de relacionamentos Twitter.
- E pode-se dizer, dado o sucesso explosivo da rede, que ela contagia mais do que a A1N1!
- O canto deste pássaro, vem atraindo, quase que inesgotavelmente (dado que o tudo e o nada são limítrofes), uma leva de agentes midiáticos, dos inexpressivos aos famosos.
- O que será que esta gente toda e tão díspare tem em comum?
- Uma vontade "naive" de "express themselves"?
- Uma carência enorme, que nem Freud explicaria, de dizer a quem possa escutar (será que importa quem?) que existe?
- Ou, como uma boiada, seguem apenas uma "tendência que está na moda"?
- Sinceramente, "no comprendo" o sucesso de um veículo que disponibiliza 140 caracteres (nada mais, nem menos) para que seus usuários digam "o que estão fazendo agora".
- Quero entender a atração que este formato de mídia - novo? - exercer sobre um público alvo (em tese, esclarecido).
- Lembro de "mensagens ponto com" cifradas (vc, tb, eh, hj, etc.), de SMSs, de Andy Warhols e 15' de fama e também da taquigrafia (técnica de escrita simbólica: do grego taqui = rápido; grafia = escrita).
Discurso taquigrafado de Barack Obama
- De Friedrich Nietzsche e sua teoria do eterno retorno.
- Da Bíblia ("ao pó voltarás").
- E encasqueto: o que de novo há neste presente?
- Por que, ainda que "ele" pareça velho, é percebido, com sucesso de público e crítica, como novidade?
- Será porque a vida é um ciclo e tudo é nada mais do que um "museu de grandes novidades"?
PS: Hoje saiu a crônica da semana do (soberbo) Sintonia Fina. Link-se e leia lá sobre a era da comunicação instantânea, seus vícios, anacronismos, atrasos e politicagem. De preferência, vestindo um modelito vintage, bebendo cuba libre e degustanto uma gordurosa, bolorenta e solada... pizza. Sem esquecer do "back": o bom e velho sal de frutas.