Helena Christensen (2009)
- O db esteve off line por alguns dias.
- Em seu "recesso parlamentar", deixou de lamentar publicamente, via web, looks confusos, modas difusas e produções que em nada agregam valor a quem as veste.
- Alienado que não é, tentou mas não conseguiu deixar de criticar notícias e comportamentos, mas, como qualquer mais um, resignou-se.
- C'est la vie!
- Continuou observando (isso já não é mero costume ou simples "osso do ofício") pessoas, vitrines, programas de TV e revistas.
- E leu (em busca do "santo sono") revistas de comportamento feminino editadas entre 2002 e 2006.
- Comparando tais fontes, concluiu que a moda neste curto intervalo do tempo não mudou tanto assim.
Nicole Ritche - 2009
- O vermelho estava lá e o preto e branco também.
- Bem como o largo e o justo, e até mesmo um cinto aqui e outro ali, bem abaixo do busto.
- Bijoux delicadas ou imensas e pés nas alturas.
- Ou confortavelmente plantados na terra!
- Já a linguagem visual mudou muito.
- Nesta linha do tempo, o que salta aos olhos são mesmo os detalhes.
- No passado recente, as unhas das modelos estavam claras.
- E os cabelos, somente de 2004 pra cá, passaram a ter luz, "californianas" ou não (antes, as cores estavam "estáticas").
- As roupas, tanto como o hábito (saudável narciso) da "malhação", mudaram pouco.
- Algumas delas continuam, certamente, atualíssimas.
- (São, não por acaso, aquelas que menos refletiam a "cara da estação". Bem como as menos "em conta"... A fast fashion jamais enganou alguém).
- Mas a tal da atitude, esta sim, vem gradativamente mudando.
- Quase no final da 1ª década deste século, quando "todo o mundo" não só sabe como aconselha, definir a moda é um projeto bastante turvo.
- Isso explica o porquê dos atuais "revivals".
- Resta, por hora, tendo de renovar "velhas novidades", a quem faz ou difunde a moda hoje, recorrer a efeitos visuais.
Balenciaga (2009)
- Nesta tarefa árdua, sobram menos caras e bocas.
- O triunfo, neste futuro atual, está no acabamento.
- Mostrar a perfeição no cabelo desgrenhado (que fica lindo só na foto), na maquiagem nula (acredite quem quiser), na sexualidade implicitamente dúbia.
The Real Thing (Glenn Brown - 2000)
- Eternos mesmo são o amor e a esperança, que permanecem, como sempre, no ar!
Julie Weisenberger
- Nas páginas antigas, roupas e acessórios vermelhos sobre a uma página vermelha (em outro tom). Verdes escuros sobre verde claro, fiéis à métrica ton sur ton.
- Nas modernas, o contraponto é o rei ou a rainha.
- A informação, aparentemente, está melhor organizada.
- As fontes estão redondas, comunicativas e envolventes.
- Eram retas, imperativas e distantes.
- Daqui a uns anos, relerei minha coleção impressa atual.
- Bem como este post.
- E então, o tempo Mestre se encarregará de dizer a verdade sobre o que vem a ser essa tal de modernidade...
Releituras são, muitas vezes, tão somente, mera necessidade.
Será este nosso presente um digno representante, no futuro, do "vintage"?