- Há muito, a industria da moda vive um processo de resgates e releituras.
- No discurso, uma explicação - vintage:
"Tudo o que poderia ser inventado, já foi inventado."
Charles H. Duell, oficial do escritório de patentes dos EUA, 1899
- Uma das últimas edições da "bíblia fashion" é um claro exemplo:
- Na capa, uma pegada futurista (anos 60). No miolo, um editorial a lá anos 50. Na "meiuca", uma página (par) mostrando 4 tímidos looks dos 70: os "neo hippies".
Conclusão 1: em matéria de "tendências", navegamos sem GPS!
Conclusão 2: a moda contemporânea é mesmo - e ainda bem - um "supermercado de estilos" (Ted Polhemus, anos 90).
- Dentre tanta informação embaralhada, conclusões precipitadas e sabedoria ímpar, cabe aos designers a perspicácia de, no campo de joio e trigo, colher o que melhor adapta-se ao espírito hedonista e inconstante, marcas registradas dos habitantes do planeta neste momento.
- E buscar inspiração numa saudosa época em que, grosso modo, só não trabalhava quem assim o preferisse (Adam Smith, 1723/1790). (3)
- Saudosa suprema felicidade...
Voltemos ao final do século XVIII/início do século XIX, época do auge da Revolução Industrial.
- Celebremos o nobre burguês - à época, ícone de trabalho é sucesso.
- Estética neo clássica para elas. Para eles, época dos dandies.
- Néo clássico: emergido na aura revolucionária francesa, inspira-se na estética greco-romana de moderação, equilíbrio e idealismo, reação aos excessos decorativistas e dramáticos do Barroco e do Rococó. (1)
- Dandy: homem de bom gosto e extremo senso estético, um cavalheiro "perfeito", embora hedonista e superficial. No guarda roupa, cores sóbrias de talhe impecável. Ícone: o beau Brummell. (2)
Imagens e info:
- Alexander McQueen, Londres, 2010 - Gifitting