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março 01, 2010

Asas Sonoras

  • Domingo chuvoso, noite de show do Coldplay na Apoteose (Praça 11/RJ).
  • Um ótimo meio de transporte até lá, sem dúvida, são as asas...

  • Do Metrô. A Companhia do Metropolitano do Rio de Janeiro é fenomenal.
  • Não por causa de sua abrangência, nem por conta de sua pontualidade.
  • O "fenômeno" fica mesmo por conta da civilidade deste transporte pop.
  • Que até hoje, ninguém conseguiu me explicar.
  • A educação pública, no metrô carioca, simplesmente, "pegou".

Um "case" espontâneo de choque de ordem urbana!

  • Nele, não há sujeira, bagunça ou violência (pelo menos na Linha 1).
  • Lá é clarinho, limpinho, bonitinho...

Chega de elogios, vamos ao show.

  • Logo na entrada, um "homem menu" (um raro lord urbano, que gentilmente posou pra esta foto).

  • O show do Coldplay - marcado para as 20hs. - começou uns 30' depois - "cool"!
  • A chuva caiu. Mas gentilmente, de fininho, afinal São Pedro é carioca...
  • E o "dress code" da platéia foi uma capa de chuva (que ambulantes vendiam por R$5,00).

  • A banda é super: profissionais compromissados e comprometidos, formalmente vestidos, como pedia a ocasião (discretamente trendy, como cabe a uma banda de rock).
  • O vocalista Chris Martin (casado com a bela atriz Gwyneth Paltrow), por exemplo, usava um monte de pulseirinhas coloridas ("visu" que só quem tem a sexualidade devidamente definida - homo ou hetero, não importa - pode adotar).
  • E a galera, na praça da Apoteose - refrescada por respingos gentis - cantou, dançou, aplaudiu muito!
  • Eu, lá nos finalmente (bem longe da "meiuca" e da "pipoca"), que já gostava bastante do Cold, virei fã.
  • Competência é diretamente proporcional a comprometimento.
  • Qualidade que o Coldplay tem pra dar e vender.
  • Inclusive no que tange à ecologia: no finalzinho, um canhão lançou "borboletas" na plateia.


Viva a leveza!

  • Mas como nem tudo são flores (ou borboletas), atravessando a passarela do samba, em direção à estação de metrô que nos levaria ao lar doce lar, aterrizamos no planeta Brasil quando um guarda nos avisou que havia banheiros disponíveis na área das frizas: por R$1,00.
  • O caminho era longo, a vontade profunda, e a moral, entre envergonhada e aviltada, curvou-se à conveniência.
  • A fim de fugir da fila fenomenal dos WCs gratuitos (gratuitos não, incluidos no valor "salgado" do ingresso), sucumbimos, em nosso regresso, ao privilégio.
  • Mas, ainda que mais leves, pensamos com nossos botões:
  • "Valeu, Mr. Flanelinha"!

Fotos: dbstudio