- Domingo chuvoso, noite de show do Coldplay na Apoteose (Praça 11/RJ).
- Um ótimo meio de transporte até lá, sem dúvida, são as asas...
- Do Metrô. A Companhia do Metropolitano do Rio de Janeiro é fenomenal.
- Não por causa de sua abrangência, nem por conta de sua pontualidade.
- O "fenômeno" fica mesmo por conta da civilidade deste transporte pop.
- Que até hoje, ninguém conseguiu me explicar.
- A educação pública, no metrô carioca, simplesmente, "pegou".
Um "case" espontâneo de choque de ordem urbana!
- Nele, não há sujeira, bagunça ou violência (pelo menos na Linha 1).
- Lá é clarinho, limpinho, bonitinho...
Chega de elogios, vamos ao show.
- Logo na entrada, um "homem menu" (um raro lord urbano, que gentilmente posou pra esta foto).
- O show do Coldplay - marcado para as 20hs. - começou uns 30' depois - "cool"!
- A chuva caiu. Mas gentilmente, de fininho, afinal São Pedro é carioca...
- E o "dress code" da platéia foi uma capa de chuva (que ambulantes vendiam por R$5,00).
- A banda é super: profissionais compromissados e comprometidos, formalmente vestidos, como pedia a ocasião (discretamente trendy, como cabe a uma banda de rock).
- O vocalista Chris Martin (casado com a bela atriz Gwyneth Paltrow), por exemplo, usava um monte de pulseirinhas coloridas ("visu" que só quem tem a sexualidade devidamente definida - homo ou hetero, não importa - pode adotar).
- E a galera, na praça da Apoteose - refrescada por respingos gentis - cantou, dançou, aplaudiu muito!
- Eu, lá nos finalmente (bem longe da "meiuca" e da "pipoca"), que já gostava bastante do Cold, virei fã.
- Competência é diretamente proporcional a comprometimento.
- Qualidade que o Coldplay tem pra dar e vender.
- Inclusive no que tange à ecologia: no finalzinho, um canhão lançou "borboletas" na plateia.
Viva a leveza!
- Mas como nem tudo são flores (ou borboletas), atravessando a passarela do samba, em direção à estação de metrô que nos levaria ao lar doce lar, aterrizamos no planeta Brasil quando um guarda nos avisou que havia banheiros disponíveis na área das frizas: por R$1,00.
- O caminho era longo, a vontade profunda, e a moral, entre envergonhada e aviltada, curvou-se à conveniência.
- A fim de fugir da fila fenomenal dos WCs gratuitos (gratuitos não, incluidos no valor "salgado" do ingresso), sucumbimos, em nosso regresso, ao privilégio.
- Mas, ainda que mais leves, pensamos com nossos botões:
- "Valeu, Mr. Flanelinha"!
Fotos: dbstudio