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setembro 29, 2010

Consumo: Coup de Foudre


Amor à 1ª vista!

  • Quantas vezes não é assim descrita a motivação do consumo?

Consumo é desejo, emoção?

"Culpa" do capitalismo?

Consumo é hedonismo, moralismo ou naturalismo?

  • Longe da visão sumária da economia - que classifica o consumo como mero resultado da produção - há algum tempo (poucas décadas) - o ato de comprar é investigado sob a ótica da antropologia.
  • Consumo é ideologia: padrões midiáticos de beleza levam pessoas a "extreme make over": restauram osso, queratina, músculo e massa adiposa em busca de um novo "si".

Alvo: tornarem-se mega felizes!

  • Consumo é publicidade: através dela, passamos a necessitar do que desconhecíamos, e assim, coisas estranhas tornam-se banais.
  • O olhar científico da antropologia sobre o "mero" ato de trocar dinheiro por coisas propôs investigações sobre o capitalismo.

Capitalismo: antiga (século XIX) rede de relacionamentos.

  • Consumimos para aproximarmo-nos e para afastarmo-nos.
  • Roupas, perfumes, penteados, acessórios (e corpos) sinalizam o etnocentrismo.
  • Vemos - leia-se, julgamos - grupos ou indivíduos sob a ótica de nossos próprios valores, pessoais ou micro coletivos.
  • Assim, bárbaros foram grifados como tais pelos... romanos.
  • Afinal...

O que é, o que é... Belo? Chic? Cult?

"Assim é se lhe parece" ou "o inferno são os outros..."

  • A partir dos anos 90 (a 3ª fase do capitalismo), foi detectado que hiper consumimos.
  • No back stage de tal fenômeno, observaram outro: a totemização.
  1. Shopping Centers = Templos de Consumo
  2. Bíblia (da moda) = Vogue
  3. Rei = Pelé?
  4. Fenômeno = Ronaldo?
  5. Musa = você decide...
  • De todo o modo, aparentemente, avançamos. O consumo atualmente é, comparativamente, bem mais... autoral.
  • Há maior autonomia subjetiva: compramos para dentro (não mais "para fora", os outros).
  • "Estamos" mais qualitativos, equilibrados, responsáveis, conscientes, autônomos.
  • Nós escolhemos. E encolhemos, ao mesmo tempo: necessitamos das marcas.

Etiquetas (ou tags) cumprem o papel de referenciar "identidades".

Tais "coisas" tornaram-se "pilulas de felicidade".

  • Ilusão...
  • Coisas continuam sendo reoxigenação de problemas reais, afastando-nos de crises de identidade, de reflexões sobre a (real) felicidade, da incapacidade de ser/viver.

Consumo = Satisfação # Felicidade

  • Fonte (reflexões sobre as seguintes magníficas obras): "O Império do Efêmero" (Gilles Lipovetsky), "História da Beleza" (Humberto Eco), "Coisas Estranhas e Coisas Banais" (Everardo Rocha).

    Imagem: Guggenheim Museum