Harper´s Bazaar - 2010
- Sou apaixonada pelos trabalhos desse cineasta, caricaturista, roteirista, diretor e visionário contemporâneo: Tim Burton.
- Tive a sorte de assistir à exibição especial do universo surreal dele, no MoMA, logo no comecinho (antes da fila dar a volta no quarteirão, literalmente). E veria mais uma vez, feliz da vida.
- Dizem que arte é empatia.
(Bom, quem me conhece bem, diz que sou meio... "gótica".
Concordo, se for elogio.)
- Voltando a Burton: em suas obras, o "dark" é "light".
- Ele consegue, muito autoralmente, extrair graça do trágico.
- Seu universo é gótico, sim (aliás, consta na Wiki que desde criança ele já era ... "peculiar").
- Porém lúdico.
- Dentre seus personagens, o menino Brie.
"Um menino-queijo, que encontra a amizade de um vinho."
- Tim Burton, leitor atento do tempo, percebe claramente a sinergia entre o agora, o que passou e o que virá.
- E traça um futuro banal assim: meio desesperançado, um pouco aterrorizador, mas nada a que a gente já não esteja acostumado.
- A vida é mesmo uma corda bamba entre Eros (vida) e Thanatos (morte), como disse Freud há quase 1 século.
- Basta olhar o noticiário e ver a imundice no oceano que a BP não consegue limpar há 2 meses; a disputa de razão no fato ataque israelense a barco "pacifista"; a "luta" entre o ética e a política e outras tragédias.
- O cenário atual parece mesmo um filme de terror. O passado também.
- Entre eles, alguns "curtas" para "alegrar a festa".
- E o futuro, como será?
“Cenários não dizem respeito a predizer o futuro, e sim a perceber futuros no presente”.
Peter Schwartz (estrategista corporativo)