- Hoje, verbos fluem pela minha cabeça, mas apenas os "melhores", os "incorretos", os quase "amorais".
- Aqueles cuja raiz advem de uma palavra "nada a ver". Quer ver?
- Xerocar é um bom exemplo. Porque "xerox" não é uma ação.
- É o nome de uma empresa, cujo produto homônimo tem marca registrada.
- No entanto, a força da marca - seu valor intrínseco - tornou-se tão forte no universo dos consumidores que, há muito tempo, há quem copie e há quem "xeroque".
- Outro exemplo - mais recente, mas não menos impressionante - são os "verbos" Google e Twitter: a propósito, você twitta? Já googou hoje? Aposto que sim! Eu também.
- Por isso, não me encabulei eu criar um verbo bonitinho que conjuguei no imperativo, com direito à enclise, e ainda negativei inserindo o prefixo "des".
Desblendemo-nos pois, tanto quanto possível.
Ontem, hoje e daqui pra frente, minha gente!
- Quando nos desblendamos, o planeta vive melhor e mais.
- Humor (bom ou mau) à parte, já que o assunto é sério, "blendas" são aquelas absolutamente "pop" sacolinhas de supermercados.
- As "ladies" mais "em conta" são feitas de polímeros sintéticos que levam cerca de 3 séculos até se decomporem no meio ambiente. (3)
- Atualmente, a indústria de plásticos já oferece alternativas oxibiodegradáveis, capazes de acelerar em até 100 vezes o ciclo de vida das blendas: o problema é que elas desaparecem aos olhos, não no solo....
- Em sociedades mais "ecófilas", seu consumo é proibido ou, ao menos, desestimulado, porque custam alguns "cents" (bolsa que dói no bolso dói no coração?).
- Mas, confesso: quantas vezes, apesar de minhas sólidas e-convicções e algumas "eco bags", passo na porta dos mercados, lembro do que falta na dispensa e acabo - compulsoriamente - empunhando - com vergonha - uma (s) blenda (s)?
Discordo de que "o que não tem remédio, remediado está".
Eu reajo.
- Quando o embalador "exagera" na embalagem, eu descarto o excedente. O invólucro básico adquire nova função -vira saco de lixo, e só vai pra lixeira 99% lotado.
- No Rio não tem jeito: o comércio, se tanto, vende embalagens "ecologicamente corretas".
- Já em São Paulo - oh, porção do Brasil "de luxe!" - há quase 1 década, o supermercado Emporium, por exemplo, oferece, grátis, sacolas de papelão: que a clientela "antenada" retorna ao fornecedor ao som de um "obrigado".
- Hoje, soube que tramita no legislativo brasileiro uma lei que banirá, em cerca de 5 anos, as blendas dos estabelecimentos comerciais nacionais.
- Antes tarde do que nunca (no Brasil, aliás, não acordamos tarde. Dormimos devagar...).
Fontes:
- Google
- dbStudio
- Google