
Hoje à tarde, passando por uma pet shop "arrumadinha, mas fuleira", vi um coelho grande dentro de uma gaiola mínima.
Parei, e a gente fitou "olho no olho". Eu nunca tinha observado uma vida em desespero estático. Aqueles olhos não questionavam mais o "porquê" de sua prisão. Apenas sobreviviam.
Por isso e mais, boicoto "pet shop" que vende bicho engaiolado ou com rabo e/ou orelhas cortados. A poda estética é mutilação, regida por lei (9605/98 ). Se esta lei, como tantas no Brasil, simplesmente "não pegou", é culpa dos consumidores inescrupulosos.
Felizmente, a adoção ética e responsável, por Alexander McQueen, de Minter, Juice e Callum (Fonte: O Globo on line, hoje), resgatou em mim alguma esperança na capacidade ética dos auto intitulados animais "racionais".

Transcrito de O Globo:
"Alexander McQueen realmente amava seus cachorros. O estilista, que cometeu suicídio no ano passado, deixou US$ 82 mil em um fundo para seus cachorros da raça bull terrier Minter, Juice e Callum, para garantir que eles sejam bem cuidados pelo resto de suas vidas.
De acordo com o jornal britânico "The Guardian", a maior parte do restante da fortuna de US$ 26 milhões do estilista vai para instituições de caridade, incluindo duas relacionadas ao cuidado de animais. McQueen também deixou dinheiro para parentes, além de US$ 82 mil para cada uma de suas empregadas.
Em uma entrevista em 2009, o estilista disse, "Meus cachorros são as únicas coisas no mundo em que eu realmente confio. Segundo o jornal "The Telegraph", depois da morte de McQueen, a polícia encontrou um livro em que ele escreveu "Cuidem dos meus cachorros. Perdão, amo vocês".