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| O Nascimento do Mundo - Joan Miró - 1925 |
Se "a tela em branco é tão perfeita que podemos tentar qualquer coisa sobre ela", a pintura - qualquer pintura! - seria, grosso modo, o desenvolvimento audacioso de motivos - repetidos ou não - que almejam agregar "valor" ao suporte "mais-que-perfeito".
Ousadia ou transgressão, uma das minhas paixões é o desenvolvimento de estampas (arte decorativa), que se aplicado aos mais diversos suportes, chama-se (nos termos da "moda " contemporânea) Surface Design.
William Morris é o "pai" do Arts & Crafts, movimento que, no século XIX, procurava (resumidamente) diferenciar (bem como criticar) a arte da produção de massa (design). Ele desenhava - logicamente à mão livre, sobre papel milimerado. Quanta perfeição (e "inspiração" legadas ao tempo)!
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| Lírios dourados - William Morris |
Uma de suas frases é: “As letras devem ser desenhadas por artistas, não por engenheiros".
Porém, nos anos 60 do século "passado" (é), o artista "pop" Andy Warhol percebeu que os frutos da indústria de massa (como as famosas latas de sopa Campbell's) eram... arte.
Completa inversão de valores em 1 século? Ou, desde que a roda gira, a arte se reinventa e continua a merecer o título nobre de Arte?
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| A Fonte - Marcel Duchamp - 1917 |
A fotografia ("pincel de luz" - modernidade do séc. XIX) não retirou (como temiam seus contemporâneos) o valor da pintura. Nem a TV do cinema, nem este do teatro, e nem o ("moderno") MP3 consegue diminuir o "brilho" de um show ao vivo!
Portanto, "sujar" a tela é libertário. Corrigir tecnologicamente a "invasão" também.
Entre o minimalismo do "black & white" e a profusão de imagens e cores, há espaço de sobra para ferramentas tecnológicas e o "pop" fazerem arte com "A".
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| Nina Pandolfo |
Arte é a expressão da impressão que emociona e faz pensar.
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| Mark Jacobs - SS 2013 |
