“Se me tornar maior, alcanço a chave e abro a porta, se ficar ainda menor, posso passar por debaixo da porta“ Alice no País das Maravilhas - por Tim Burton |
País mais populoso do mundo, mas que, apesar da cultura milenar, vive no limite da pobreza, a globalização trouxe mais do que empregos à China: deu a seu povo o direito legal de ter... o 2º filho.
Literatura erótica com mote sadomasoquista, o best seller "50 tons de cinza" (li a resenha: achei "pouco"; sinceramente, "um saco"), agradou/a a muitos/as, mundo afora. A minoria (fala, "Saia Justa") disse que tentou, mas que o livro "é chato, interminável e mal escrito". Touché!
No que tange à economia, o Brasil é "a terra" da captação de mão de obra.... estrangeira. A força de trabalho doméstica, embora quantitativa, não preenche os requisitos básicos (qualitativos) que o mercado requer.
Na palestra Themes, Evolution and Importance of Brazilian Film ( = Temas, Evolução e Importância dos Filmes Brasileiros), ontem, em clube do qual sou sócia (fiquei em casa curtindo a noite perfeita "chove chuva"), mas uma amiga - a paulista novaiorquina mais carioca que conheço - foi, e me contou que os palestrantes discutiram as benesses da (nova) lei que impõe às TVs, abertas inclusive, veicularem uma proporção "x" de produções "made in Brasil".
Gente: qualquer imposição tem, ou não tem, no mínimo, um ranço de opressão?
Pilares do mundo "moderno" são os ideais "antigos" como Liberté, Egalité, Fraternité, os pilares da Liberdade de expressão, como bem designa a 1ª emenda da Constituição dos EUA.
Obriguem-me a comer uma feijoada russa, uma cocada francesa, ou a cultivar uma cerejeira no Rio de Janeiro que eu brado, enquanto posso: "no, no, no!"
Ou a contratar quem obteve um diploma graças ao... sistema de cotas. Você aceitaria? Eu disponibilizaria...
Tem coisa mais absurda - sim, tem!
(Recomeçando...) Entre tantos muitos absurdos brasileños, como ousam nos impingir o que podemos optar caso achemos melhor do que a concorrência?
Tem uma rádio carioca que, domingo de manhã, provavelemente cumprindo seu legado, só toca MPB (por 3 ou 4 horas seguidas!). Se curtes... "bom pra ti, pra mim, baixo astral, ligo noutra frequência, tchau!!!"
Se tal "fenômeno cultural" compulsório se replicasse em todas as outras estações,eu (e tu/ele/ela/nós/vós/eles/elas), privilegiadadamente, poderia recorrer ao ("santo") I tunes.
Mas... E quanto ao "pueblo"? Engole o brado retumbante obrigatório, tal como campanha eleitoral, garganta abaixo ou opta - sim, sempre há opções, mesmo na "tonga da mironga do cabuletê" - pelo silêncio?
A fábrica de cultura nacional é mesmo tão carente (de conteúdo? de valor? de competitividade qualitativa?) que necessita de compulsoriedade para ser "degustada"? Que c'est triste...
Chegamos, pois, patrícios mios, à conclusão de que alguns artistas são mais capitalistas do que os meros capitalistas"? Si, pero no todos.
Algumas estrelas (aclamadas democrática e mundialmente) usam (parte de) sua fortuna em prol da - verdadeira - arte.
Lembro do (austríaco) Arnold (Alois) Schwarzenegger declarando que preferia ver seu dinheiro dependurado na parede (em obras de arte) do que no extrato do banco. (Extermina a mediocridade, babe!)
Ouvir o que querem que ouçamos, assistir ao que querem que assistamos; ler o que querem que lemos; falar o que querem que falemos, ou..."o barulho do cabelo em crescimento..." - fala, Arnaldo Antunes...