- O dress code muçulmano feminino (leia-se niqab e burca) foi proibido na França, segundo lei aprovada pelo senado francês, em 2010.
- Lá, "as muçulmanas do país não poderão utilizar a roupa nas ruas e em locais públicos" e "a lei prevê uma multa de US$ 185 ou aulas de civilização para qualquer mulher flagrada cobrindo totalmente a cabeça com o véu integral ou usando burca". (O Estadão)
- Opressão ocidental? Até que não, afinal qual o traje que uma ocidental terá de adotar se quiser visitar o Afganistão? É, no mínimo, um lenço sobre a cabeça.
- Bairrismos à parte, comparemos ocidente x ocidente: apesar do código de conduta "democrata", no Brasil, por exemplo, durante o carnaval, é "lícito" andar "basicamente nu", enquanto, no resto do ano, apesar dos "fios dentais", o topless possa ser considerado, novamente... caso de polícia.
Roupas = códigos do agir
Modas = tijolos comportamentais
- Artigos têxteis (armaduras? máscaras?) explicam muito sobre povos, épocas, geografias, economias e política.
- São espelhos comportamentais, reconhecidos, cada vez mais, como ferramentas de ciências como antropologia, sociologia... e ética.
- Se pensarmos na moda como instrumento de inclusão social, adotar ou fugir do "padrão" pode ser até um indício de lobotomia... Fashion...
- Em Jan/2011, em NY (para quem conhece - e se apaixonou por - a cidade, ela jamais representou os EUA e seus "bairrismos", era apenas um pedaço de terra cosmopolita num país, de certa forma, bastante "suburbano". Sem pré, apenas com conceito), uma lei anti fumo foi aprovada. Entra em vigor em 90 dias.
- A inconveniência do "hábito letal" foi estendida ao open air: em praças, parques e praias, o (mal) hábito (vício, dependência, escolha, etc.) é ilegal.
- Enfim, na Big Apple, "a cidade que nunca dorme", fumar, tornar-se-á, em quase todos os lugares, um crime punido com multa (US50).
- Imunes estão residências (dependendo do prédio), carros (se táxi, torça para o motorista ser turco ou... jamaicano?) e, aos turistas, penthouses dos hotéis "de luxe" ("as melhores", segundo o personagem acrofóbico, vivido por Richard Gere, em "Pretty Woman").
Quando o mundo percebeu que seu mundo "esquentava" - leia-se o aqui e agora - o "espírito do tempo" tornou-se "cool". E coletivo.
Resgatando heróis do século XVII, bradou: "Um por todos, todos por um!".
- Na corrente, devido à crise financeira, o admirável novo mundo revolta-se, e em seu revival, incorporando Dom Quixote, luta contra "moinhos de vento".
- Que romântico, na ânsia de salvar-se de um inimigo imaginário, esquece a lógica da tolerância, sem perceber que a batalha é contra si mesmo.
"Dom Quixote não tinha consciência do que fazia. Ele havia se aprofundado tanto naquele mundo irreal que começou a ver coisas logo após o choque com os moinhos ele percebe com clareza que os gigantes de fato eram moinhos, porém sua imaginação o faz achar que algum mago o hipnotizou, fazendo ele ver nos moinhos os gigantes. Sempre havia uma forma da realidade transformar-se em irrealidade..." (Net Saber)
- Quanto a mim, na próxima vez em que expuser 1/2 dia da minha vida entre o tédio de aeroportos e aviões, além da fatura do dinheiro plástico, vou-me embora pra Pasárgada...
- No Ipod toca: "Another Brick in the Wall" e "Cegos do Castelo"
- Por hora, hasta la vista, NY.
Post: inspirado num encontro de luxe com Glidizz.
Foto: Isa Lorenzo