Miucha, Nara (Leão), Fernanda (Takai), Mallu Magalhães, "eh, he!".
Timbres infantis, afinações impecáveis nem sempre, personalíssimas criaturas, vozes femininas que nossos ouvidos preferem ouvir.
Talentos algumas vezes precoces, cujas imagens são absolutamente despretenciosas.
Hoje, assisti no canal Record News, com Maria Cândida, a entrevista da Mallu.
Mais uma vez, constato: ela não se veste: compõe-se.
Com roupa - boa - de brechó, ainda que nas unhas assuma um quê fashionista: que tal um esmalte verde?
Nada é tão curto ou tão decotado além da conta, afinal ela está absolutamente interessada em ser mais alguma a requerer mais um lugar ao sol no "clube das... boazudas?".
Ela quer é ter classe "pra dar e vender". E cantar. Agradavelmente bem.
Com pouco menos de 20 anos, compunha anteriormente, basicamente, em inglês.
Hoje em dia, toca uma série de instrumentos (toca não, "está aprendendo"), mescla português "formal" a sussurros espontâneos, já colaborou efetivamente com causas sociais, é uma artista facilmente rotulada como "alternativa".
Musa "alternativa", se preferirem; em embalagem "naive".
A "cara" nacional da inglesa Lilly Allen.
Se o som que ela faz já é mais do que excelente, diferente ("esquisito"?), sua imagem tem de ser, tecnicamente, bem diferente da, por exemplo, (a imagem de) Amy Winehouse, pois não?
De olho no longo prazo, típico de quem sabe a que vem, o visu da menina/moça/mulher é retrô e "clean".
Afinal, sua personalidade, per se, não consegue ser menos do que vanguardista.
Historicamente - e hoje mais do que nunca (será?) , imagem e talento são complementares.
Janis Joplin, se estivesse ainda por aqui, repensaria alguns de seus modos. E modas.
Hedonismos, hedonismos, negócios à parte...
Vender (-se) é preciso.
Quando a embalagem deixa zero a desejar ao conteúdo, melhor ainda.
Vira um "presentaço"; a altura do som dessa cantora/compositora/instrumentista que eu... adoro!
Bonequinha tropicalíssima de luxo.